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Aos 49, moradora de Imbituba recebe 2° convite para Seleção Brasileira de Kung Fu

  • Imagens arquivo pessoal - Aos 49, moradora de Imbituba recebe 2° convite para Seleção Brasileira de Kung Fu

Márcia Couto começou no esporte aos 40 anos e hoje é referência na modalidade; em novembro, ela pode representar o Brasil no Pan-Americano no México e está em busca de patrocinadores para isso

Já achou que era tarde demais para começar algo novo? A Márcia sim. Durante dois meses ela relutou em aceitar o convite de uma amiga, mas o desejo de ter uma nova experiência falou mais alto. Nove anos depois, aos 49 anos de idade, ela foi convidada pela segunda vez a se juntar à Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Kung Fu Wushu. Márcia Couto é uma verdadeira campeã, da vida, do tatame e de Imbituba, cidade que ela escolheu para morar há mais de 15 anos.

“Eu pratico o Kung Fu desde os 40 anos. Sempre gosto de lembrar disso, porque é uma idade em que normalmente as pessoas acham que já não têm mais tempo para isso”, comenta Márcia, que hoje carrega no currículo títulos estaduais, nacionais e agora o reconhecimento internacional. Neste ano, ela recebeu o segundo convite consecutivo para compor a Seleção Brasileira de Kung Fu.


A trajetória até aqui, no entanto, não foi simples. A atleta começou treinando com um professor em Imbituba, mas com a saída dele da cidade, precisou buscar alternativas fora. Hoje, seu mestre é de Itajaí, com quem mantém os treinos à distância e encontros pontuais. 

Além de atleta, Márcia também atua como instrutora de Tai Chi e Chi Kung, e ocupa o cargo de diretora técnica na Federação Catarinense, pelas artes internas. No Campeonato Catarinense deste ano, ela conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata, e pelo segundo ano consecutivo, recebeu o troféu de atleta destaque na categoria master feminino.


Apesar de tanto reconhecimento, a realidade dos bastidores exige esforço dobrado. A ida ao Pan-Americano no México, que acontecerá em novembro, depende de patrocínio. “Ano passado fui convocada, mas o evento foi na Califórnia e não consegui o apoio financeiro para ir. Este ano temos mais tempo e esperança de conseguir”, desabafa.

Márcia destaca que ainda é difícil encontrar visibilidade e apoio para o Kung Fu, especialmente em cidades menores como Imbituba. “Eu vejo que aqui a gente está bem apagado. Antes havia uma escola e o professor fazia eventos, participava de desfiles, tinha visibilidade. Hoje não temos isso”, conta.

E quando o assunto é o papel das empresas locais, Márcia é direta: “Tem muita empresa aqui que poderia apoiar, mas muitas vezes nem sabem. Então agora quero bater na porta mesmo, mostrar que vale a pena. Porque não é só o atleta que leva o nome da empresa, a empresa também pode aproveitar a visibilidade do atleta para se destacar”.


Morando há 15 anos na Ribanceira, ela encontrou em Imbituba o equilíbrio entre vida tranquila e rotina de atleta. Gaúcha de nascimento, catarinense por escolha, carrega o nome da cidade com orgulho nas competições por onde passa. E enquanto não chega novembro, segue treinando, ensinando e mostrando que nunca é tarde para lutar pelos seus sonhos, e pelos de outros também.

Por Redação RSC

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