As igrejas mantém viva a história da cidade

A história de Imbituba pode ser contada através de muitas lentes, uma delas é aquela mantida pela fé de muitos irmãos. Ao longo dos anos, diante do desenvolvimento do município, uma grande parcela da comunidade se manteve firme em suas tradições religiosas, seguindo costumes e registrando, até mesmo nas grandes estruturas das igrejas, sua trajetória.

Capela de São Pedro

A ligação entre a comunidade de Imbituba e a Capela de São Pedro começou em 1898, quando o espaço foi construído na Praia do Porto. O lugar era chamado de Capelinha da Praia.

Naquela época, o capitão irlandês de um pequeno navio naufragado perto de Imbituba colocou, no altar da capelinha, uma imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. A partir daquele momento, a santa passou a ser a "Padroeira de Imbituba".

Anos depois, a imagem foi levada para a Igreja Matriz, e a Capelinha da Praia passou a se chamar Capela de São Pedro. Em 1991, o lugar precisou ser restaurado, devido aos danos causados pelo tempo. 

Hoje, a Capela é um dos símbolos da história de Imbituba, tendo marcado a vida de muitos imbitubenses. Ao longo dos anos, centenas de pessoas trocaram alianças, batizaram os seus filhos e fizeram parte de festividades que até hoje são realizadas no local.

Igreja Sant’Ana de Vila Nova

Sant’Ana de Vila Nova é um verdadeiro registro histórico da colonização na cidade. Segundo o site oficial da Paróquia de Imbituba, a história dessa igreja começa por volta de 1605, quando dois jesuítas chegaram à Baía Dom Rodrigo, conhecida hoje como Porto de Imbituba. Eram os Missionários Padre João Lobato e Jerônimo Rodrigues.

Os registros históricos apontam que, entre 1624 e 1628, João Lobato ergueu uma enorme Cruz de Cristo e celebrava aos domingos com cerca de 300 índios carijó escravos catequizados. Acredita-se que a Freguesia de Sant’Ana da Vila Nova é uma das quatro comunidades de fé mais antigas de Santa Catarina.

No ano de 1720 a imagem de Sant’Anna chegou em Imbituba, trazida por casais de imigrantes da Ilha dos Açores e da Ilha da Madeira. Em 1747, foi feita a construção da igreja de pedra e cal.

Em 1º de março de 1753, através de um “Alvará – Régio”, Dom João V autorizou a criação da primeira Paróquia na Região. Foi então construído um pequeno santuário de Santana, maior que a primeira capela e em melhores condições. A pedido dele, o santuário deveria ficar pronto até 1765.

O altar que se encontra atualmente na igreja de Sant’Anna veio da catedral de Tubarão na década de 70. A primeira torre a ser construída, a torre sul, foi feita por volta de 1903, início do séc. XX, e a torre norte foi erguida no final da década de 60, sob a supervisão do Padre Itamar Luiz da Costa, assim como os mosaicos da igreja. 

Apesar de ter passado por muitos reparos, a  igreja de Sant’Anna mantém muitos traços históricos.

Igreja Sant’Ana de Mirim

A Freguesia de Sant’Ana de Mirim foi fundada por pessoas que vieram da região do Rio D’Una, Imaruí. O terreno foi doado por João Homem da Costa e demarcado por determinação da Câmara Municipal de Laguna em 13 de Julho de 1852.

A Igreja Sant’Ana de Mirim foi construída por volta de 1800 e elevada à categoria de Paróquia no dia 28 de Abril de 1856. Até 15 de novembro de 1956, a sede do município de Imbituba pertencia à Paróquia de Mirim.

Igreja Matriz

A história desta igreja começa em 1878, quando um navio inglês, carregado de material para a construção da estrada de ferro Dona Tereza Cristina, naufragou na praia de Imbituba. O comandante da embarcação, um irlandês muito católico, após ser resgatado, doou ao povo da freguesia uma belíssima imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição. 

A população de Imbituba já era grande, quando Henrique Lage iniciou as obras do porto. Havia a necessidade de um templo maior. O então vigário da freguesia do Mirim, Padre Paulo Hobold, foi quem deu início às obras da nova Igreja. 

A construção aconteceu entre os anos 1946 e 1954. A Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, foi inaugurada tendo como o seu primeiro pároco o Padre (Doutor) Itamar Luiz da Costa.

A Igreja de Imbituba se destaca pela beleza arquitetônica. O altar-mor é gótico, feito em mármore (Branco de Carrara). O altar pertencia a igreja do Rio de Janeiro e seria destruído, mas, foi salvo e doado pela família Catão.

As informações históricas contidas nesta matéria podem ser encontradas no site paróquia imbituba.com.br, o site oficial da paróquia do município e em conversas com membros da comunidade católica local. 

Por Duda Indalêncio