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Racismo

'O racismo é meu cotidiano', diz mulher de volante Wellington

  • - Foto: reprodução redes sociais

Aline Verteiro, esposa de Wellington, disse que há câmeras no condomínio. Governador Jorginho Mello chamou o 'ato de racismo' de 'covarde e repugnante'.

Um dia após encontrar uma banana na porta do apartamento, em Florianópolis, a esposa do volante Wellington, do Avaí, relatou que tem convivido com situações diárias de racismo. "É meu cotidiano", disse Aline Verteiro. O Avaí colocou seu departamento jurídico à disposição do jogador. O governador Jorginho Mello disse que é intolerável "esse tipo de violência" e chamou o ato de covarde e repugnante.

Mãe de duas crianças, a biomédica disse que a cena foi dolorosa para ela e também para o filho mais velho, de 9 anos, que já entende o simbolismo da situação. A fruta estava pela metade e descascada sobre o tapete em frente da porta de entrada da casa da família quando ela chegou. Aline gravou com o celular, enquanto ria e tentava amenizar a situação para o filho.

"Ganhamos um presente dos vizinhos. Nos trouxeram, né filho, uma bananinha de presente", disse no vídeo divulgado nas redes sociais.

Aline e Wellington moram em um apartamento no bairro Itacorubi. O jogador não estava com a esposa no momento em que a banana foi encontrada. Concentrado com o elenco do Avaí para o jogo deste sábado contra o Londrina, não deixou, no entanto, de se manifestar nas redes sociais.

"Hoje aconteceu um fato que não tem como deixar passar. Atacaram minha família. Algum covarde fez isso. É revoltante. Ato de racismo na porta de casa. Não é de hoje que minha esposa vem sofrendo esse tipo de covardia, seja com olhares ou risadinhas de canto", publicou.

Questionada sobre o boletim de ocorrência, Aline disse que vai esperar o jogo do marido passar para conversarem sobre a situação e decidir como proceder.

"Temo que alguma criança ou adolescente não instruído pelos pais, a gente sabe que a educação vem de berço, tenha feito isso querendo 'brincar'. E se for, não quero expor a criança. Se precisar eu mesma converso e explico o que isso significa. Tem que ser punido, mas da melhor forma", ponderou.

O governador Jorginho Mello afirmou que a violência praticada contra o jogador e sua família não é tolerada no estado.

"O ato de racismo contra o volante do Avaí, Wellington, e sua família, é covarde e repugnante. Não toleramos este tipo de violência em Santa Catarina. Somos uma terra étnica e culturamente diversa, e temos orgulho disso. [...] Punição aos responsáveis e toda minha solidariedade ao jogador e sua família", escreveu.

Fonte: ge


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