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Projeto acolhe e encaminha animais para novos lares

  • - Foto: divulgação

Com cerca de 300 cães para adoção, protetor mantém um sítio na grande Florianópolis

Você já parou para imaginar a quantidade de animais que são abandonados todos os dias? Ainda bem que existe gente que faz de tudo para mudar essa realidade. Este é o caso do Paulo Santangelo, que há mais de 10 anos ajuda a resgatar e cuidar de cães abandonados nas praias da Guarda do Embaú, Pinheira e Praia do Sonho em Palhoça em Santa Catarina. 

O que no início era apenas uma boa ação auxiliando nas castração e vacinação dos animais da região, com o passar dos anos virou uma missão de vida incansável. Hoje, Paulo mantém um sítio alugado, que é um verdadeiro santuário, com cerca de 300 cães entre adultos e filhotes, de diversas raças, em sua grande maioria vira-latas.

No local que fica em uma área rural na grande Florianópolis, o protetor garante que os animais tenham acesso à saúde, qualidade de vida e carinho até encontrarem um novo lar.

 “A maioria dos cães que resgato da rua tem sinais de maus tratos e atropelamento. Recolho também muitas cadelas prenhas ou com suas ninhadas, filhotes abandonados sem suas mães e muitos que precisam de isolamento por causa de doenças contagiosas como parvovirose e cinomose”, explica. 



Duas toneladas de ração por mês

Paulo relata que os gastos do sítio são altos e as doações não são fixas e que devido à falta de recursos humanos e principalmente financeiros, o protetor não consegue atender os mais de 30 chamados que recebe por dia. 

Sem ajuda de órgãos públicos e iniciativas privadas, as despesas do local são mantidas com doações e principalmente com recursos próprios do Paulo, que trabalha como Engenheiro de Telecomunicações.

“O consumo é alto, mensalmente vão mais de duas toneladas. Eu compro 100 pacotes de 20 quilos de ração, o que dá em torno de R$17,400. Além dessas despesas básicas que envolvem comida, medicamentos e vacinas, ainda tenho uma dívida de mais de 20 mil no cartão de crédito decorrente de consultas e procedimentos veterinários de animais resgatados”. 

Com uma rotina agitada, ele brinca que seu dia tem hora para começar, mas não para acabar. “Eu acordo por volta das três horas da madrugada para começar a alimentar os cães e cuidar dos filhotes. Tem dias que eu levo os animais para castrar em Florianópolis e cidades da região, em outros eu ajudo a vacinar os cães das comunidades mais humildes da redondeza. Tem semanas que fico o dia inteiro envolvido com os animais e para poder dar conta de tudo, durmo umas duas horas por noite”, relata.  

Não compre, adote!


Paulo realiza todo sábado ou domingo feiras de adoção responsável. Elas acontecem uma semana no bairro Pedra Branca em Palhoça e a outra em algum bairro de Florianópolis, na Capital.

Para facilitar a divulgação dos locais das feiras e também os cãezinhos à espera de um novo lar, existe a página no Instagram @protetorpauloadocoes. Lá é possível ver fotos e todas as informações dos animais disponíveis. 

Para participar do processo de adoção, basta preencher um formulário de interesse online. O questionário tem como objetivo conhecer melhor o tutor e evitar que ocorram posteriores devoluções, o que seria bem ruim para o bichinho adotado.

Falta de apoio público

O trabalho complexo realizado pelo protetor deveria estar sendo feito pelas Prefeituras da região. O Estado é legalmente o tutor dos animais em situação de rua, ele que deveria ser responsável por abrigar, de forma digna, os animais carentes, mas infelizmente isso não acontece. 

Paulo lamenta que não exista um trabalho efetivo vindo das gestões municipais no sentido de educar a população sobre o assunto. “O trabalho de conscientização da população para que não haja abandono de animais nas ruas é uma tarefa importantíssima e não está sendo feita”.

Projeto precisa de apoio

Dar conta de quase 300 cães, não é uma tarefa fácil. Apesar de Paulo contar com a ajuda de voluntários nas feiras e com as postagens nas redes sociais, é ele que faz tudo sozinho. Conforme o protetor, pessoas que queiram ajudar são sempre bem-vindos no sítio. 

Ele ressalta que outra forma de colaborar com a causa é arcando com os gastos de um animalzinho para mantê-lo fora das ruas até que ele seja adotado. Atualmente existem sete tipos de planos que funcionam por débito automático ou através do PIX 018.255.227-66. 

Pela campanha é possível doar mensalmente de R$8,75 (1kg) até R$437,50 (50kg). Empresas e parceiros que desejarem doar mais também podem.   

Para colaborar ou adotar, entre em contato através da página no Instagram @protetorpaulo, pelo site www.protetorpaulo.com.br, ou pelo canal www.youtube.com/@protetorpaulo.

Fotos: Divulgação - Texto: Katterina


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