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Família Bolsonaro

Entenda como funcionava o esquema que envolve Jair Renan Bolsonaro investigado pela polícia

  • - Foto: divulgação

Polícia Civil do Distrito Federal investiga o envolvimento do filho mais novo do ex-presidente Bolsonaro em esquema de lavagem de dinheiro e associação criminosa

O filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (24) em uma investigação que apura um megaesquema de fraudes investigado pelo Departamento de Combate à Corrupção do DF.

O principal alvo é Maciel Alves de Carvalho, acusado de ser o cabeça do esquema e instrutor de tiro de Jair Renan. Carvalho foi preso na operação. A suspeita é de que ele usava o clube de tiros como fachada para a compra e venda ilegal de armas. A polícia investiga também a abertura de contas no nome dos envolvidos na operação e ainda apura qual seria o papel do “filho 04” do ex-presidente Bolsonaro no esquema.

A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa com três eixos.

O ponto de partida são empresas no nome de Marco Aurelio Rodrigues. Ele aparece como sócio administrador da Academia de Tiro 357, com capital social de R$ 3,5 milhões, e da RB Eventos e Mídia LTDA, com capital social no valor de R$ 105 mil.

A Academia de Tiro 357 foi aberta em 2011, e repassada para Marco Aurelio em 2021. Já a empresa de eventos pertencia a Jair Renan até março de 2023, quando também foi transferida para Marco Aurelio.

O segundo eixo apurado é que os investigadores acreditam que Marco Aurelio seja um “laranja”, para ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada. “A investigação aponta que diversos suspeitos teriam dado vida a pessoas falsas e aberto empresas visando obter vantagem indevida financeira”, detalhou o delegado à frente do caso, Marco Aurélio Sepúlveda.

De acordo com as provas da investigação, Maciel Alves e um de seus comparsas fizeram “nascer” a falsa pessoa de Antonio Amancio Alves Mandarrari, cuja identidade falsa foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de “laranja”.

De acordo com fontes da investigação, o comparsa seria Eduardo Alves, que teve mandado de prisão expedido na operação “Nexum”, mas não foi localizado e é considerado foragido.

O último ponto são os crimes que teriam sido cometidos pelo grupo. O esquema de empresas de fachada seria usado para que o grupo recebesse “indevida vantagem econômica”, que passava por obtenção de crédito utilizando as empresas, até fraude fiscal.

Segundo a PCDF, os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Na operação, a polícia apreendeu celulares, HD’s e documentos. Os aparelhos eletrônicos serão periciados, e os investigados devem prestar depoimento após a análise do material, por parte dos investigadores.

A defesa de Jair Renan disse que ele está surpreso com a operação, e absolutamente tranquilo com o ocorrido. O advogado de Maciel Alves informou que ainda não teve acesso aos autos, e se pronunciará depois.

Fonte: CNN Brasil


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