Felipe Voigt foi preso na 4ª fase da Operação Mensageiro, em 24 de abril

O pedido de prisão domiciliar do prefeito de Schroeder, Felipe Voigt (MDB), foi aceito pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) nesta quinta-feira (1). Voigt foi preso na 4ª fase Operação Mensageiro em 24 de abril.

De acordo com o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), o prefeito está entre os gestores municipais que são suspeitos de participação no esquema que distribuía propinas para favorecer a empresa de saneamento Versa Engenharia, antiga Serrana, na prestação de serviços de coleta de lixo nas cidades catarinenses.

O advogado de defesa de Voigt, Daniel de Mello Massimino, afirmou que o prefeito irá para prisão domiciliar por questões relacionadas à saúde.

“A defesa trouxe ao processo os argumentos relacionados à saúde do prefeito e também as questões relacionadas à impossibilidade da sua integridade física dentro do estabelecimento prisional”, afirmou.

Voigt é o segundo prefeito preso pela Mensageiro que consegue prisão domiciliar, após Antônio Ceron, prefeito de Lages, conquistar o benefício.

A vitória na Justiça catarinense ocorreu duas semanas após uma negativa do STJ (Superior Tribunal de Justiça), na qual a defesa do prefeito pedia um habeas corpus para que ele respondesse o processo em liberdade.

Três prefeitos presos pela Mensageiro têm pedidos negados

Além de Felipe Voigt, outros três prefeitos presos pela Operação Mensageiro tiveram os pedidos de revogação da prisão preventiva negados pela 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) nesta quinta-feira (1).

O prefeito de Imaruí, Patrick Correa Costa, segue preso em Tubarão. A defesa não se pronunciou.

A Justiça também negou o pedido do prefeito de Bela Vista do Toldo, Alfredo Cezar Dreher, que segue preso em Mafra. A defesa de Dreher afirmou que irá recorrer da decisão.

O prefeito de Massaranduba, Armindo Sesar Tassi, permanecerá preso em Blumenau após também ter o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. Conforme o advogado do prefeito, Giancarlo Castelan, a defesa irá recorrer ao STJ.

Servidor público preso tem pedido negado pela Justiça

O secretário de Administração, Planejamento e Finanças de São Martinho, Jorge Ari Tetzlaff, segue preso em Florianópolis após o pedido de revogação da prisão e de que o processo retornasse para a primeira instância ser negado na sessão desta quinta-feira.

O empresário foi exonerado do cargo em 28 de abril, após ser preso pela Operação Mensageiro. Tetzlaff é dono de uma empresa em Gravatal que teria relação com outro preso pela operação, apontam as investigações.

Conforme o advogado de Tetzlaff, Allan Wallace Mazzaro, a defesa irá recorrer.

De acordo com o Portal da Transparência de Gravatal, o município possui dois contratos com a Versa Engenharia, empresa investigada na operação.

Em nota, a prefeitura de Gravatal negou ter vínculo com Tetzlaff ou sua empresa, uma vez que o contrato antes existente foi encerrado em maio.

Fonte: ND Mais