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Casos de sífilis aumentam 20 vezes em uma década em Santa Catarina
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- O diagnóstico de sífilis é rápido — Foto: Rodrigo Nunes/MS
Em 2022, foram 19,9 mil notificações. Nos adultos, infecção sexualmente transmissível pode causar feridas nos órgãos genitais, lesões na pele e quadros graves cardíacos e neurológicos.
Os casos de sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST) que pode levar à morte, cresceram mais de 20 vezes em Santa Catarina em uma década. Apenas em 2022, foram 19,9 mil casos notificados.
Nos adultos, a sífilis pode causar feridas nos órgãos genitais, manchas e lesões na pele, ínguas, quadros graves cardíacos e neurológicos e também pode levar à morte.
Os dados, que levam em conta os anos de 2012 e 2022, são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). O órgão considera as notificações de sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita, que é transmitida por via placentária.
Veja os números por forma de infecção:
- Sífilis adquirida: de 574 casos (2012) para 15.702 (2022)
- Sífilis em gestantes: de 322 casos (2012) para 3.049 (2022)
- Sífilis congênita: de 100 casos (2012) para 693 (2022)
Gerente de IST da Dive, a médica infectologista Regina Valim acredita que o aumento tem relação com a maior testagem, mas afirma que também há uma percepção de que a população vive uma "falsa sensação de segurança com relação às ISTs."
"Isso porque o HIV já não mata mais como matava nos anos de 1980, 1990, por exemplo. Então, acredita-se que a prevenção não é mais necessária, mas isso não é verdade, temos uma grande quantidade de ISTs que precisam ser controladas", avalia Valim.
O uso de preservativos, segundo ela, continua sendo o método mais acessível e eficaz para evitar ISTs, como sífilis, HIV, hepatites virais.
“Nossa percepção é que a população tem atualmente uma falsa sensação de segurança com relação às ISTs. Isso porque o HIV já não mata mais como matava nos anos de 1980, 1990, por exemplo", contextualiza.
Teste em gestantes
Nas gestantes, a indicação é que o teste seja realizado durante o pré-natal em, pelo menos, três momentos: primeiro e terceiro trimestres da gestação, no parto ou em casos de aborto. O parceiro da gestante também deve ser testado.
Caso a infecção seja detectada, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar a transmissão da sífilis para o bebê. Os casais que planejam ter filhos devem realizar o teste antes mesmo da gestação.
No caso das grávidas infectadas com a bactéria, a sífilis pode ser transmitida para o bebê durante a gestação (sífilis congênita) e causar aborto espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e morte do bebê ao nascer.
Fonte: g1 SC
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