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Saúde

Com estoque em alerta, Hemosc busca conscientização no Dia Mundial do Doador de Sangue

  • - 14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue – Foto: Leo Munhoz

Os nove hemocentros no Estado realizam ação para homenagear doadores de sangue e chamam atenção para a falta de tipagens sanguíneas

“Doar sangue é um ato de generosidade, caridade e de cidadania”, declara a diretora-geral do Hemosc (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina), Patrícia Carsten.

Nesta quarta-feira (14) se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, data criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), para conscientizar a população sobre a importância do ato e da valorização daqueles que ajudam outras pessoas.

Em homenagem a esses doadores, o Hemosc realiza um evento para valorizar a diversidade. Foram selecionados 235 doadores recorrentes das nove unidades do Estado, que representam a diversidade: pessoas com deficiência, estrangeiros, indígenas, negros, LGBTQIA+, aniversariantes, além de participantes do Projeto Escola e do Projeto Empresa Solidária e doadores que se destacaram em volume de doações nos últimos cinco anos.

“Os nossos doadores refletem a diversidade da população catarinense e o Hemosc valoriza essa representação como oportunidade de inclusão e compartilhamento. É nesse sentido que queremos celebrar a pluralidade dos nossos doadores hoje”, destaca Patrícia.

Falta de sangue tipo O negativo

Diariamente, o estoque de sangue é atualizado no site do Hemosc. Atualmente, o banco está muito melhor em relação à pandemia, conforme cita Patrícia.

No entanto, o tipo O negativo, conhecido como “doador universal”, está quase crítico. “Historicamente, sempre no inverno, as doações caem significativamente. Esse ano o inverno chegou mais tarde, mas os estoques caíram um pouco mais cedo, então nesse momento a gente está precisando muito de doadores O negativo”, diz.

A diretora geral do Hemosc, Patrícia Carsten, alerta para nível quase crítico da tipagem O negativo – Foto: Leo Munhoz/ND

A diretora geral do Hemosc, Patrícia Carsten, alerta para nível quase crítico da tipagem O negativo – Foto: Leo Munhoz

Ela ainda explica que as tipagens negativas são mais raras que as positivas, como é o caso do A negativo, que já está em nível reduzido.

“Pela formação da população de Santa Catarina, 8% tende a ser O negativo. Só que muitas vezes ele é utilizado em situações de emergência para pacientes que possuem outras tipagens. Mas tem um porém, quem é O negativo e precisa de doação, só pode receber a mesma tipagem, causando a falta”, relata Patrícia.

“Estamos trabalhando preventivamente para que a situação não fique pior ainda. Então pedimos que as pessoas façam sempre o agendamento pelo nosso site e os que já agendaram, venham. Por exemplo, a segunda foi um dia de chuva e frio em Florianópolis e muitas pessoas já não vieram. Entendemos que cada um tem a sua rotina e surgem imprevistos, mas é uma cadeira que fica ali esperando doação e não vem e isso pode significar uma falta de sangue para um paciente que precisa”, acrescenta Patrícia.

Doar sangue é ato de caridade

Para que o banco de sangue mantenha os estoques em um nível adequado, Patrícia aponta que são necessários cerca de 500 a 600 doadores diariamente em todo o Estado.

Emanuelli Marques, de 19 anos, é um desses exemplos. Doadora desde os 18 anos, a estudante já está contribuindo com o estoque pela segunda vez no ano na unidade de Florianópolis.

“Eu comecei a doar porque eu sempre achei uma atitude muito importante. Nunca sabemos quando vamos precisar”, diz.

A estudante Emanuelli Marques já está doando pela segunda vez no ano – Foto: Leo Munhoz/ND

A estudante Emanuelli Marques já está doando pela segunda vez no ano – Foto: Leo Munhoz

E para quem tem medo de doar, Emanuelli deixa um recado: “Tudo na vida temos que ter a primeira experiência. Às vezes as pessoas têm medo de agulha, de passar mal, mas na realidade é bem diferente e bem mais tranquilo. Fora que a equipe é muito atenciosa. É perfeito aqui”.

A estudante Vanessa Arantes Paro, 41, e o comerciante Marco Antonio Paro, 58, são doadores há anos. Pelo menos três vezes ao ano, eles estão presentes no hemocentro da Capital para realizar o gesto de generosidade.

“Eu e meu esposo somos doadores regulares. Eu comecei há quatro anos e ele há mais de dez anos. Nós agendamos as doações nas três vezes que eu posso no ano”, conta Vanessa.

De acordo com o Hemosc, a mulher só pode doar novamente após quatro meses e o homem após três meses. Isso acontece porque o organismo demora um tempo para repor o sangue. Os glóbulos vermelhos se recuperam de 2 a 3 semanas após a doação, já os estoques de ferro em 60 dias nos homens e 60 a 90 dias nas mulheres em idade fértil, por conta das perdas durante os ciclos menstruais.

“Doar sangue é uma ação de agradecimento. Se temos saúde e, infelizmente, há tantas pessoas que não têm, é importante repassarmos a nossa saúde para quem precisa”, manifesta Paro.

Conforme o técnico de enfermagem, Alexandre Compagnone Basso, 50, tem surgido um fluxo maior de doadores interessados em conhecer a ação e espalhar a boa ideia.

“Estamos achando bem legal. Pessoas que nunca tiveram contato com a doação na vida vêm dispostas a ajudar e com muita empatia pelo próximo”, afirma.

“14 de junho é muito especial para nós. Somos gratos todos os dias, porque eles vêm voluntariamente, em um ato altruísta. Então, o mínimo que podemos fazer hoje é agradecer por serem pessoas tão especiais, que saem de casa para fazer o bem. Podem ter certeza que cuidamos com muito carinho do sangue, com muita responsabilidade, para que ele chegue para quem precisa. Parabéns e muito obrigada”, reconhece Patrícia.

Quais são os critérios e como agendar

Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar acima de 50 quilos, estar saudável, dentre outras recomendações disponíveis no site do Hemosc.

Já para realizar o agendamento é muito simples. Se você está dentro dos critérios, basta entrar no site, escolher a unidade, a data que você tem disponibilidade e preencher o cadastro com as suas informações, como o nome completo, telefone, e-mail e o tipo sanguíneo, caso saiba.

Se você ainda estiver com dúvidas se está apto ou não para doar, o Hemosc recomenda ligar para os telefones das nove unidades disponíveis no Estado. Em Florianópolis, o número é (48) 3251-9702.

Fonte: ND Mais


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