Alunos da aldeia Tekoá Marangatu participam de projeto que une leitura e cultura Guarani
.png?1749059554)
Saúde
Dependência silenciosa: clonazepam lidera venda de calmantes e preocupa especialistas
-
Imagem rerodução internet - Dependência silenciosa: clonazepam lidera venda de calmantes e preocupa especialistas
Uso prolongado do medicamento, popular entre idosos, pode causar perda de memória, quedas e prejuízo cognitivo
O clonazepam, calmante mais vendido do Brasil, está presente na rotina de milhões de brasileiros, especialmente entre pessoas com mais de 60 anos. Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram 39 milhões de caixas comercializadas apenas em 2024, o que reforça o alerta de especialistas sobre o uso indiscriminado do remédio.
O medicamento, conhecido comercialmente como Rivotril, é indicado para crises de ansiedade, pânico e distúrbios do sono. No entanto, seu uso contínuo, sem acompanhamento médico, tem se tornado cada vez mais comum e perigoso. Médicos apontam que o uso prolongado causa dependência física e emocional, além de aumentar o risco de confusão mental, quedas e problemas cognitivos em idosos.
De acordo com o neurologista Alan Eckeli, da Universidade de São Paulo (USP), o problema começa na prescrição. “O clonazepam funciona, mas é usado como solução permanente para sintomas que deveriam ser tratados de outra forma. O resultado é uma dependência silenciosa”, afirma.
Para o geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, o uso frequente do calmante também reflete questões sociais. “Muitos idosos recorrem ao remédio por solidão, luto ou falta de apoio familiar. É um uso que ultrapassa o campo médico”, explica. Ele lembra que o desmame deve ser gradual, acompanhado por profissionais e com apoio psicológico.
Embora seja um medicamento controlado, o clonazepam segue entre os mais acessíveis do país, com custo inferior a R$6 por caixa e distribuição no SUS. Especialistas reforçam que a dependência pode ser evitada com diagnóstico correto, terapias complementares e acompanhamento constante.
Por Redação RSC, com informações G1
Geral
Deixe seu comentário