Por redação RSC Portal

Delegado Juliano Baesso, durante coletiva, disse que um dos investigados e outro servidor público da Secretaria de Administração tentou burlar a investigação da Operação ‘Open House’, da Polícia Civil.

“Com auxílio de um outro servidor público, resetaram o celular e tiraram o chip [...] e implantaram na Secretaria de Administração, tentando burlar a investigação da Polícia Civil”, essas foram as palavras ditas pelo delegado, Juliano Baesso, durante a coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (6), ao se referir sobre as descobertas da segunda fase da Operação ‘Open House’. Após a primeira fase, Baesso afirma que foi descoberto que os funcionários já tinham praticado outros crimes. 

O investigador percebeu que, além dos bens materiais recolhidos na primeira fase, outros aparelhos celulares haviam sido subtraídos da Prefeitura Municipal de Imbituba. “Esses aparelhos, em um primeiro momento, não foram encontrados na sede da Prefeitura”, afirmou o delegado. 

Durante a atual investigação, foi informado à Polícia Civil que os aparelhos celulares foram “encontrados” em um armário da Secretaria de Administração. 

Ainda, embora tenha sido flagrada na posse de bens desviados, uma das servidoras foi alocada em outra Secretaria do Município e, seus rendimentos praticamente dobraram após a primeira operação, inclusive auferindo um valor significativo em uma comissão de licitação.

Ainda que não bastasse, a análise do material apreendido durante a primeira fase das investigações demonstrou que o casal investigado comprou um terreno e pretendia, nas palavras de um dos investigados, construir no local uma mansão, ao que tudo indica com a utilização de recursos públicos. No entanto, passaram a solicitar e receber vantagem indevida para outro funcionário público que exerce cargo comissionado na Secretaria Municipal de Infraestrutura. “Eles entraram em contato com um funcionário do SEINFRA e solicitaram maquinários para fazer a terraplanagem do terreno particular deles”, disse Baesso.

Questionado durante a coletiva, o delegado afirmou que a Prefeitura colaborou com a investigação no primeiro momento, porém, perceberam a tentativa de fraude vinda de alguns funcionários da Secretaria de Administração. “No início da investigação o município respondeu os ofícios, mas no segundo momento, quando nós percebemos que estavam atuando na Secretaria de Administração para fraudar a investigação, a gente parou com o contato, tendo em vista que o processo de investigação ficou mais sigiloso ainda. E a gente dependia desse sigilo para implementar as medidas”, contou Juliano Baesso.

Por fim, o delegado confirmou que houve auxílio de funcionários para fraudar as investigações, além disso, elementos constam que funcionários estão participando de desvios públicos.