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Segurança

Técnico de vôlei é condenado a mais de 60 anos por crimes sexuais contra adolescentes

  • (Imagem reprodução) - Técnico de vôlei é condenado a mais de 60 anos por crimes sexuais contra adolescentes

Treinador foi preso após ser acusado de estuprar os atletas que ele treinava

O técnico de voleibol André Wilson Testa foi condenado a mais de 60 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra adolescentes que integravam um projeto social, em São José, na Grande Florianópolis. Embora o caso tenha vindo à tona no ano de 2022, quando o réu foi preso, as investigações mostraram que os crimes aconteciam desde o ano de 2017. 

Na época (2022), André foi indiciado por estupro de vulnerável, importunação sexual, além de violar dois artigos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) – o artigo 232, que diz respeito a humilhar e constranger adolescente, e o artigo 243, que é fornecer bebida alcoólica a menor de idade. 

Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina “valendo-se da confiança e admiração depositadas nele, bem como dos sonhos das vítimas de tornarem-se profissionais do voleibol”, André manipulava e envolvia os adolescentes em situações alheias às atividades esportivas, com o objetivo de praticar abusos sexuais.

Embora possa recorrer da sentença em liberdade, o réu foi condenado à pena de 60 anos de reclusão em regime inicial fechado, três anos e nove meses de detenção em regime inicial aberto e 110 dias-multa.

A sentença é referente a quatro condenações pelo crime de estupro de vulnerável, uma condenação por estupro e uma por constrangimento ilegal. André Testa também foi condenado pelo crime de “fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica para criança ou adolescente”, “induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga” e “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.

Relembre o caso 

No ano de 2022, época dos acontecimentos, o município de São José mantinha duas “casas atletas”, onde eram abrigados 11 adolescentes do sexo masculino e cinco do sexo feminino, que participavam do time de voleibol de um projeto municipal.

Segundo a polícia, esses jovens estavam sob a responsabilidade do treinador, com procurações dos pais ou responsáveis legais que “lhe outorgavam amplos poderes para representar os atletas”.

Conforme consta nos autos, o criminoso utilizava a autoridade do cargo de treinador para persuadir os rapazes com brincadeiras íntimas de cunho sexual e fazia convites para passeios com objetivos alheios às atividades esportivas. Ele induzia os adolescentes a tomarem bebidas alcoólicas, deixando-os vulneráveis às suas investidas. Logo após, levava as vítimas para sua casa ou motel, onde cometia atos libidinosos e estupro.

O ex-treinador conseguia o silêncio das vítimas com promessas de crescimento na carreira ou ameaças de desligamento do projeto. “Ele fazia você ter confiança nele, dizia que não iria acontecer nada, que estava tudo bem e você ia gostar daquilo. Ele tentava te tranquilizar para mostrar que aquilo ali não era errado”, contou uma das vítimas após a prisão do técnico

Segundo João, um dos adolescentes, que tinha 15 anos na época, foram ao menos seis abusos sexuais sofridos por ele. O jovem fez um boletim de ocorrência e procurou a polícia em maio de 2022 e relatou que chegou a ser alcoolizado pelo treinador antes dos atos.

Por Redação RSC


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