Imbituba ganha 1º jogo de cartas educativo sobre sua história e cultura
Coluna #2: DESENVOLVIMENTO SIM, MAS COM RESPEITO À COMUNIDADE
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Imagem Otaviano Carvalho/Imagem assessoria sc porto de Imbituba - DESENVOLVIMENTO SIM, MAS COM RESPEITO À COMUNIDADE
Por Otaviano Carvalho
Mais uma vez, moradores de Imbituba relataram desconforto relacionado à logística portuária. Dessa vez, o motivo foi um forte cheiro semelhante ao gás de cozinha, percebido em diversos bairros. Após a apuração, descobriu-se que o odor vem da movimentação de sulfato de amônio, um composto utilizado como fertilizante. Recebi relatos que alguns sentiram dor de cabeça, náuseas e irritação quando em alta concentração no ar.
Compreendemos a importância do Porto para o desenvolvimento econômico, geração de empregos e crescimento da região. Mas é fundamental que esse progresso caminhe de mãos dadas com o bem-estar da população. Imbituba é, antes de tudo, cidade. Porto é consequência.
Agências reguladoras, empresas portuárias e o poder público precisam estabelecer um diálogo mais efetivo com a comunidade. Planejamento, transparência e respeito aos moradores devem ser pilares dessa relação. O crescimento não pode custar a saúde e a qualidade de vida de quem vive aqui. É hora de repensar prioridades e buscar soluções. Não dá para fechar os olhos e só ver o dinheiro entrar.
VALORIZAR A PESCA É VALORIZAR NOSSA IDENTIDADE
Recentemente, presenciei no centro de Imbituba uma cena encantadora: profissionais da pesca se organizando, preparando suas redes com dedicação. Um verdadeiro retrato da tradição local que anuncia a chegada da safra da tainha, prevista para iniciar em 1º de maio. Esse momento, que movimenta a economia e a cultura da nossa cidade, é símbolo de uma herança que precisa ser valorizada.
Imbituba possui uma rica história ligada à pesca — e não apenas à tainha. Temos diversos segmentos que sustentam famílias, movem tradições e fortalecem laços com o mar. No último domingo, por exemplo, aconteceu o primeiro Torneio de Pesca de Arremesso, organizado pela Associação de Pesca da Barrinha (APB), reunindo dezenas de entusiastas em um ambiente de confraternização e respeito à natureza.
Valorizemos a pesca não apenas como atividade econômica, mas como cultura viva. Incentivar esses eventos, dar visibilidade aos profissionais da pesca e fomentar políticas públicas voltadas ao setor são atitudes que mantêm viva a alma imbitubense. Nosso mar não é só cenário — é história, sustento e identidade.
FAZER O CERTO NEM SEMPRE É AGRADAR A TODOS
Nem sempre é fácil fazer o que é certo — especialmente quando estamos diante de temas polêmicos. Recentemente, algumas reportagens que abordei na Rádio 89, geraram debates acalorados, críticas e opiniões divergentes. E está tudo bem. O jornalismo não existe para agradar, mas para informar com responsabilidade.
Quando falamos de assuntos que envolvem pessoas, comunidades e interesses diversos, é natural que algumas vozes se sintam desconfortáveis. Mas precisamos entender que o que é fato é notícia. Não escolhemos lados — escolhemos relatar a verdade, com ética, apuração e respeito.
Sei que nem todo mundo vai compreender cada pauta ou cada ângulo que trazemos. E tudo bem também. O compromisso é com a seriedade, e essa seriedade eu carrego com carinho. Pra mim, comunicação é dedicação com compromisso, mesmo que isso signifique enfrentar críticas e incompreensões. Sigo firme e forte.
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