Ligação entre os principais portos de SC, incluindo Imbituba, entra no planejamento estratégico do Governo Federal

A cidade de Imbituba e todo o Litoral catarinense podem estar prestes a ganhar um novo impulso econômico com a inclusão da Ferrovia Litorânea no plano estratégico do Governo Federal. O projeto, que prevê a conexão ferroviária entre os portos de São Francisco do Sul, Itajaí/Navegantes e Imbituba, foi inserido no Plano Setorial de Transporte Ferroviário, do Ministério dos Transportes.

Com cerca de 250 km de extensão, o novo corredor logístico promete transformar a dinâmica do transporte de cargas em Santa Catarina, fortalecendo o papel de Imbituba como hub estratégico de exportações e escoamento de produção. Além da movimentação portuária, a proposta prevê o transporte de passageiros, o que poderia beneficiar diretamente a mobilidade urbana nas cidades do litoral, especialmente nas regiões de alta densidade populacional ao longo da BR-101.

Potencial logístico ainda sem data para sair do papel

Apesar da relevância para a economia do estado, a Ferrovia Litorânea ainda está em fase embrionária. No plano federal, aparece na 39ª colocação entre 89 projetos ferroviários em estágio de concepção — o que indica que, embora esteja no radar, sua execução ainda depende de etapas prévias como estudos de viabilidade e definição de recursos.

Alguns trechos, no entanto, já avançam em nível estadual. Entre Araquari e Navegantes, por exemplo, os projetos executivos estão em fase final, sob responsabilidade do Governo de Santa Catarina.

Parte do Plano Nacional de Logística

A proposta da Ferrovia Litorânea se insere no contexto do Plano Nacional de Logística, que visa otimizar a infraestrutura de transportes no Brasil, priorizando modais mais eficientes e sustentáveis. A inclusão do traçado litorâneo reafirma a importância da integração entre os portos catarinenses e pode abrir caminho para futuras conexões com ferrovias interestaduais.

Para Imbituba, a concretização desse projeto significaria uma nova etapa de desenvolvimento regional, com ganhos na competitividade industrial, geração de empregos e diversificação dos modais logísticos.

Por Redação RSC