logo RCN
Geral

Voluntários da Associação Catarinense viajam para o RS e ajudam vítimas da enchente; confira relatos emocionantes da missão

  • (Imagem Duda Indalêncio) - Voluntários da Associação Catarinense viajam para o RS e ajudam vítimas da enchente; confira relatos emocionantes da missão

“O que mais faz falta é ter o conforto de um lar”

Quase três meses após as enchentes atingirem 94,7% das cidades do Rio Grande do Sul, pessoas continuam cedendo tempo e recursos para ajudar as famílias que ainda procuram seu lar em meio a lama. Entre os dias 12 e 14 de julho a jornalista do RSC Portal, Duda Indalêncio esteve com um grupo de voluntários da Associação Sul Catarinense da Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de São Leopoldo (RS), trabalhando em prol de famílias afetadas na região. 

O grupo já é o 14° enviado para o estado gaúcho. As quase 50 pessoas, vindas de várias regiões de Santa Catarina, decidiram ceder seu tempo para a causa e viajaram na quinta-feira (11) chegando ao destino final por volta das 7 horas da manhã de sexta-feira (12).

“Temos pessoas de toda a Associação Catarinense, desde a Região Serrana e Região Norte, ali Itajaí, Brusque, também Balneário Camboriú, um pouco de Porto Belo. Temos uma galera também na Região Capital, São José e Palhoça e temos o pessoal da Região Sul, de Imbituba, Tubarão e de Criciúma”, contou Diógenes, Pastor da Igreja Igreja Adventista do Sétimo Dia e Líder Jovem da Associação Catarinense e coordenador do grupo de voluntários. 


A equipe iniciou as atividades cedo, organizando os materiais e dividindo o grupo para iniciar os trabalhos. “Vamos fazer aqui um trabalho de ajuda comunitária, limpeza de um centro comunitário dessa comunidade e pintura de algumas casas”, explicou o pastor.

O Centro Comunitário Antônio Leite foi um dos pontos atendidos pelo grupo. O local foi tomado pela água e ao entrar, era possível ver lama desde o chão até o teto e móveis e utensílios cobertos pela camada marrom. Todos os itens foram retirados do local e limpos, bem como o interior da estrutura. 

Ana Helena, responsável pelos projetos sociais que são realizados no Centro Comunitário que foi limpo por uma das equipes catarinenses, agradeceu o serviço e falou sobre a situação de sua moradia durante a enchente. “Os vizinhos, eles comentavam que a água jamais ia chegar no bairro. A água chegou a 1,70 metros de altura na minha casa”, relatou ela, que perdeu a maior parte dos móveis de sua residência. 

Igreja de Vila da Glória

Os voluntários ficaram hospedados na Igreja de Vila da Glória, em São Leopoldo. O local teve cerca de 70% de sua estrutura coberta pela água durante a enchente e, desde então, não estava abrindo as portas para receber seus membros. No sábado pela manhã os catarinenses organizaram a programação e realizaram o primeiro culto no local após a catástrofe, com músicas animadas e uma mensagem especial. 


“É muito importante a gente estar aqui, eles chegaram já logo cedinho e viram toda essa galera da missão aqui, motivando, animados, recebendo eles. Acredito que eles sentiram esse calor, e é isso que a gente quis passar para eles” disse Grazi, voluntária que veio da região da Serra Catarinense. 

Casas Inabitáveis

No domingo (12), uma equipe foi designada para trabalhar na limpeza de uma casa, localizada no primeiro bairro atingido pela enchente, onde muitos moradores não podem entrar em suas residências, devido ao perigo de desabamento. Eberson, um dos voluntários, aceitou falar sobre a experiência. 

Hoje nós formamos uma equipe para fazer a limpeza da casa do senhor Adeilton, da esposa dele e da filha dele de cinco anos. A casa estava inabitável. Tinham móveis por toda parte, muita lama. Nós entramos no quarto da filha dele, e o que mais mexeu comigo foi que eu tenho uma filha de 8 anos, e quando eu vi aquilo, brinquedos espalhados, as roupinhas, tudo que eu pegava, vinha na minha mente uma cena da criança brincando. E infelizmente não ficamos mais a brincar naquele espaço, porque ele não queria mais voltar para casa dele”, relatou Eberson, segurando as lágrimas. 

Apesar de ter perdido todos os móveis e outros itens da casa, de acordo com os voluntários, Adeilton expressou que o que mais faz falta é ter o conforto de um lar. 


Além das limpezas realizadas, algumas casas receberam pintura nova e famílias foram visitadas pelas equipes. O grupo ouviu as histórias de cada família, cantou e orou com eles, com o objetivo de trazer conforto e esperança para cada casa. 

“Em cada lugar que fomos, percebemos que todos ali estão tentando se reerguer. Eles choram relembrando o que aconteceu, essas pessoas vão ficar com marcas permanentes. O que dá esperança é ver os sorrisos deles, mostra que o que importa de verdade não pode ser tirado” - Duda Indalêncio. 

Por Duda Indalêncio

Homem é flagrado tomando banho em fonte no centro histórico de Laguna Anterior

Homem é flagrado tomando banho em fonte no centro histórico de Laguna

Imbitubense Felippe Prates é o novo presidente da Vertical de tecnologia do LIDE SC Próximo

Imbitubense Felippe Prates é o novo presidente da Vertical de tecnologia do LIDE SC

Deixe seu comentário