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Operação Mensageiro

Prefeito recebe salário de R$ 20 mil em SC mesmo após ser preso na Operação Mensageiro

  • - Adriano Poffo, prefeito de Ibirama — Foto: Reprodução

Adriano Poffo foi detido em abril. Prefeitura de Ibirama diz que pagamento só é interrompido em “casos de condenação judicial com afastamento do cargo, pedido de afastamento temporário ou renúncia”.

Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama, no Vale do Itajaí, recebeu o salário de agosto normalmente, apesar de estar preso pela Operação Mensageiro desde abril. Segundo o Portal de Transparência da prefeitura, onde consta a informação, ele ganha R$ 20 mil por mês.

Poffo foi detido preventivamente na 4ª fase da operação, que investiga fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões do estado. Como pediu afastamento de três meses, recebeu apenas R$ 687 em maio e julho. Em junho, não houve qualquer tipo de auxílio vindo dos cofres públicos, conforme o setor de transparência.

Após o período do afastamento, no entanto, a folha de agosto do mandatário foi emitida normalmente e, com isso, ele recebeu pouco mais de R$ 14 mil, já que há os descontos legais sobre os R$ 20 mil. Em nota, a prefeitura explicou que o pagamento só é interrompido em “casos de condenação judicial com afastamento do cargo, pedido de afastamento temporário ou renúncia”.

Como o prefeito não se encaixa em nenhuma dessas situações, o município diz ter cumprido a legislação. O advogado dele, Hélio Brasil, detalhou que o direito consta na lei 12.850, que prevê que os agentes públicos podem ser afastados cautelarmente do cargo ou função sem prejuízo de remuneração.

Operação Mensageiro

A operação Mensageiro investiga um escândalo de corrupção envolvendo desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento. O epicentro da investigação é a empresa Serrana Engenharia, que atua na área de engenharia sanitária e ambiental em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Segundo a apuração, um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina.

Esse “mensageiro” não trabalharia mais na empresa há 10 anos, mas fazia o papel de interlocutor com os agentes públicos. O empresário entregaria dinheiro aos agentes públicos e também apresentaria aos políticos prévias de editais para licitações, com exigências que excluíram a chance de participação de outras concorrentes.

Em nota, o Grupo Serrana informou que, "em respeito ao sigilo judicial, todos os seus esclarecimentos e manifestações serão realizados exclusivamente nos respectivos processos da Operação Mensageiro".

Fonte: g1 sc


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