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Segurança

Aumento de intoxicações por mariscos em Imbituba levanta suspeita de “maré vermelha”

  • - Foto: divulgação/CIDASC

Polícia Ambiental coletou amostra para análise em laboratório

O número de casos de intoxicação alimentar relacionados ao consumo de mariscos coletados na região de Laguna e Imbituba aumentou significativamente neste fim de semana, mobilizando autoridades ambientais. Uma das principais suspeitas é a ocorrência de “maré vermelha”, fenômeno natural causado pela proliferação de algas tóxicas, que altera a coloração da água e oferece risco à saúde humana, especialmente em períodos de altas temperaturas.

A moradora de Imbituba Ana Machado Lopes relatou ter sido afetada após consumir mariscos na praia do Porto. “Compramos mariscos frescos de um barco que chegou ao costão. No início da tarde comemos em uma confraternização com amigos, mas no fim do dia todos começaram a sentir os sintomas: dor abdominal, vômito e diarreia. Ainda estamos mal”, contou Ana neste domingo (29). Segundo ela, outras pessoas na região também apresentaram sintomas semelhantes após consumirem os mariscos.

Análises e investigações em andamento

Diante do aumento de casos, a Polícia Militar Ambiental de Laguna realizou a coleta de amostras de água e mariscos em possíveis áreas contaminadas. O material foi encaminhado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) para análise laboratorial, e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias.

“Estamos investigando a alta ocorrência de intoxicações por consumo de marisco ‘perna perna’, retirados de costões, praias e ilhas. Nossa maior preocupação é que, caso se trate de maré vermelha, a toxina possa atingir as áreas de cultivo com o tempo”, afirmou o sargento Robson Vieira, da Polícia Militar Ambiental de Laguna.

Monitoramento das áreas de cultivo

A Cidasc confirmou que algumas pessoas apresentaram sintomas compatíveis com intoxicação por ficotoxina após consumirem mariscos retirados de áreas não monitoradas em Laguna, Imbituba e no Pântano do Sul, em Florianópolis. No entanto, até o momento, o monitoramento realizado nas áreas de cultivo do Estado não identificou a presença de toxinas nocivas.

Vale ressaltar que a extração de mexilhões durante o período de defeso, vigente até 31 de dezembro, é proibida por lei. Apesar disso, a Cidasc reforçou as análises nas áreas de cultivo e está realizando coletas em Laguna, Imbituba e no Pântano do Sul para identificar as causas das intoxicações.

Orientação aos consumidores

A Cidasc alerta para o risco do consumo de moluscos bivalves retirados de costões e ilhas, já que essas áreas não são monitoradas. A alga Dinophysis, associada ao fenômeno da maré vermelha, pode liberar ácido ocadaico, uma toxina que não prejudica os moluscos, mas provoca sintomas como enjoo, vômito e diarreia em humanos.

Caso apresente sintomas, é recomendável buscar atendimento médico e notificar a Vigilância Sanitária ou a Cidasc pelo telefone 0800 644 8500. A população também é orientada a evitar o consumo de moluscos de origem desconhecida até que os resultados das análises sejam divulgados e novas orientações sejam emitidas.

Por redação RSC

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