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Defesa de Paulo Odilon anuncia que irá recorrer após condenação por feminicídio em Imbituba
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- Defesa de Paulo Odilon anuncia que irá recorrer após condenação por feminicídio em Imbituba
Advogados afirmam que provas apontavam para overdose e não para agressão; júri condenou réu a 12 anos de prisão.
Após a condenação de Paulo Odilon Xisto Filho a 12 anos de reclusão em regime fechado pelo homicídio qualificado pelo feminicídio de Isadora Vianna Costa no ano de 2018, em Imbituba, a defesa anunciou que irá recorrer da decisão. Os advogados Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma afirmaram que respeitam a soberania do Conselho de Sentença, mas lamentaram o resultado. “A defesa ressalta que todas as provas apontavam para a sua inocência e que, diante disso, irá recorrer da decisão”, disseram em nota.
Durante o júri, realizado nesta quinta-feira (4), a defesa apresentou o médico Sami El Jundi, especialista em Medicina Legal e mestre em Medicina Forense. Ele contestou pontos do laudo oficial e sustentou que a morte de Isadora teria ocorrido por intoxicação aguda de cocaína, e não por agressão física. O perito afirmou que a droga foi encontrada em altas concentrações no sangue, no estômago e na urina da vítima, quadro compatível com overdose.
Sami também destacou que a ruptura da veia cava, apontada no laudo oficial, poderia ter sido causada pelas manobras de ressuscitação cardiopulmonar realizadas por cerca de duas horas no hospital.
O próprio réu também foi ouvido. Paulo declarou que mantinha um relacionamento com uso frequente de drogas e bebidas alcoólicas ao lado da vítima, mas afirmou que sempre a tratou “com cuidado e carinho”.
Sobre a noite dos fatos, disse que ambos haviam consumido cocaína e que Isadora chegou a relatar ter engolido uma “bola” antes de entrar em convulsão. Ele afirmou que chamou socorro médico e iniciou as manobras de reanimação até a chegada do SAMU. Chorando, Paulo disse se arrepender de ter dormido e deixado a jovem sozinha naquela noite, mas negou qualquer ato de violência contra ela.
A defesa considerou que os depoimentos confirmaram a tese de overdose e disse que a acusação de agressão partiu de uma conclusão do perito oficial que não estaria de acordo com as provas.
Por Redação RSC
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