Polícia Civil indicia nove pessoas por crimes em clínica de reabilitação irregular em Imbituba
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Imagem Divulgação/PCSC - Polícia Civil indicia nove pessoas por crimes em clínica de reabilitação irregular em Imbituba
Investigação apurou denúncias de cárcere privado, maus-tratos e associação criminosa; operação bloqueou mais de R$ 1 milhão
A Polícia Civil de Imbituba concluiu uma investigação de grande porte que apurou a atuação de uma clínica irregular de reabilitação no município e culminou no indiciamento de nove pessoas por crimes graves, como cárcere privado, maus-tratos, associação criminosa e fraude processual. O inquérito foi finalizado após meses de diligências e já foi encaminhado ao Poder Judiciário.
As apurações tiveram início em outubro, a partir de relatos colhidos durante uma fiscalização coordenada pela Prefeitura de Imbituba. Pacientes denunciaram que estavam internados contra a própria vontade e submetidos a situações degradantes dentro da unidade. Segundo a investigação, as vítimas eram abordadas por indivíduos que se apresentavam como policiais e utilizavam ameaças, força física e até medicamentos para levá-las às clínicas.
Conforme apurado pela Polícia Civil, os internos tinham a saída voluntária impedida, eram submetidos a contenções físicas, agressões e uso de sedativos como forma de disciplina. Também foram constatadas falhas graves na alimentação, além da administração de medicamentos sem acompanhamento médico adequado, muitas vezes realizada por outros internos.
No dia 2 de dezembro de 2025, a Polícia Civil deflagrou a Operação Barbacena, que resultou no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e no bloqueio de valores superiores a R$ 1 milhão. Dois investigados seguem foragidos.
O inquérito soma mais de 400 páginas e contou com a oitiva de 36 pessoas, entre vítimas, testemunhas e investigados. Durante as diligências, documentos foram apreendidos em municípios de Santa Catarina e também em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao final, nove pessoas foram indiciadas por cárcere privado qualificado e maus-tratos, além de outros crimes conexos.
A Polícia Civil destacou que o trabalho reforça o compromisso da instituição com a defesa dos direitos humanos e o combate a práticas que atentem contra a dignidade e a integridade das pessoas.
Por Redação RSC

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