Prefeito de Imaruí é condenado a mais de 22 anos na Operação Mensageiro
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Imagem Reprodução Internet - Prefeito de Imaruí é condenado a mais de 22 anos na Operação Mensageiro
Decisão do TJSC impõe perda do cargo, multa e regime inicial fechado; defesa promete recorrer
O prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos), foi condenado a 22 anos e 10 meses de prisão por crimes investigados no âmbito da Operação Mensageiro, investigação que há três anos expõe um dos maiores esquemas de corrupção envolvendo prefeituras de Santa Catarina. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (18) pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
A sentença impôs 19 anos, quatro meses e cinco dias de reclusão e três anos e seis meses de detenção, além do pagamento de multa e da determinação de perda do cargo público. Apesar disso, a legislação permite que o prefeito permaneça no exercício da função enquanto houver possibilidade de recurso. Corrêa já havia sido preso em 2023, ficando quase cinco meses detido, afastado da prefeitura por seis meses e retornando à função em 2024, sendo reeleito no mesmo ano.
De acordo com o Ministério Público, o prefeito teria solicitado R$ 40 mil para quitar dívidas da administração municipal com a empresa Serrana Engenharia, além de receber supostas “mesadas” que, juntas, somariam R$ 160 mil. Durante uma operação de busca e apreensão realizada na sede do Executivo, policiais localizaram R$ 10 mil em espécie sobre a mesa de Corrêa, valor apontado como indício de pagamento ilegal. A defesa nega todas as acusações e já anunciou que irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Enquanto isso, a Operação Mensageiro segue avançando sobre outros nomes da política catarinense. Quatro ex-prefeitos, de Rio do Sul, Ibirama, Lages e Rio Negrinho, tornaram-se réus após o Judiciário acatar novas denúncias relacionadas a fraudes em licitações, pagamentos de propina e favorecimento de empresas em contratos municipais. A força-tarefa, iniciada em 2022, continua sendo considerada um marco no combate à corrupção no Estado.
Por Redação RSC

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