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Surf

Por que Teahupoo é a onda mais amada e desafiadora do mundo

  • - Brasileiro Everaldo Pato surfa onda gigante em Teahupoo — Foto: WSL

Etapa mais temida do Mundial de Surfe começa a partir desta sexta-feira e define as últimas vagas para o Finals.

Um lugar mágico que já proporcionou momentos históricos, mas também deixou marcas por ser uma onda temida e desafiadora. Uma queda em Teahupoo é capaz de deixar traumas para toda uma vida, causar ferimentos, desmaios e até afogamentos. As ondas que recebem a décima etapa do Circuito Mundial de surfe começam a se formar das profundezas de uma fossa abissal e quebram sobre corais venenosos e pontiagudos.

A repentina diferença de profundidade do mar, que vai de 1.400m a 0,5m em um curto espaço, provoca uma onda de característica única e peculiar, dando origem a tubos quadrados e pesados. É neste palco icônico que a última batalha por uma vaga no Finals começa a partir desta sexta-feira.

A onda

A ilha da Polinésia Francesa tem formação de origem vulcânica, sedimentada por corais em todo seu entorno, o que deixa a água cristalina e azul turquesa. Essa formação produz uma rápida transição de águas muito profundas para águas rasas, não permitindo que a onda perca energia antes de encontrar a bancada de coral sobre a qual ela quebra.



 Queda brusca de profundidade forma tubos "quadrados" em cavernas de água. Na maré baixa, as quilhas das pranchas raspam nos corais — Foto: infoesporte

Queda brusca de profundidade forma tubos "quadrados" em cavernas de água. Na maré baixa, as quilhas das pranchas raspam nos corais — Foto: infoesporte

- A onda em Teahupoo é cavada e perigosa. Normalmente, ganha quem pegar o tubo mais profundo e ficar mais tempo. Os tubos vão ser o fator principal - contou Gabriel Medina, bicampeão da etapa em Teahupoo em 2014 e 2018.

Os bodyboarders havaianos Mike Stewart e Bem Severson que colocaram Teahupoo no mapa do surfe mundial, em meados dos anos 1980. Em 1999 as competições válidas para a elite começaram e o primeiro a vencer foi a lenda australiana Mark Occhilupo.



Havaiano Antony Walsh na hora e local certo em Teahupoo — Foto: WSL/Cestari

Havaiano Antony Walsh na hora e local certo em Teahupoo — Foto: WSL/Cestari

Em 2008, um brasileiro roubou a cena e levou o caneco competindo como convidado. Bruno Santos saiu das triagens para ser campeão e quebrar um jejum de seis anos sem vitórias brasileiras no WCT - a última havia sido em 2002, com Neco Padaratz em Hossegor, na França. O recordista em Teahupoo é Kelly Slater, pentacampeão do evento (2000, 2003, 2005, 2011 e 2016).

Em 2010, o havaiano Laird Hamilton alcançou o ápice da carreira ao surfar uma das maiores ondas já vistas no pico e que ficou conhecida mundo afora como "The millennium wave" ou, A onda do milênio.



Laird Hamilton surfou uma das maiors ondas já vistas em Teahupoo — Foto: Reprodução

Laird Hamilton surfou uma das maiors ondas já vistas em Teahupoo — Foto: Reprodução

O Local

Posicionado no meio do Oceano Pacífico, o Taiti é a maior ilha da Polinésia Francesa e recebe as maiores ondulações da Terra. Com localização geográfica privilegiada, a ilha recebe ondas gigantes que foram formadas entre o Círculo Polar Antártico e o sul da Austrália e da Nova Zelândia. A cerca de 1 km da costa, o pico do Pacífico Sul recebe ondas de até 10m, dependendo das condições climáticas.



Ondas fortes e tubulares levam surfiats do sonho ao pesadelo em uma fração de segundos — Foto: infoesporte

Ondas fortes e tubulares levam surfiats do sonho ao pesadelo em uma fração de segundos — Foto: infoesporte

Os perigos

Nem mesmo os mais talentosos surfistas estão livres dos perigos do pico. Jadson André desmaiou com uma pancada na cabeça em 2014. Neco Padaratz foi finalizar uma onda em 2000 e passou um sufoco. Ficou preso no recife, mas foi resgatado com vida, embora tenha passado anos para superar o trauma.

Maya Gabeira quase morreu no pico em 2011. A carioca ficou desacordada ao levar uma série de ondas na cabeça e foi salva por Carlos Burle. Dois anos depois, ela fraturou o nariz na bancada enquanto gravava um comercial. A havaiana Keala Kennelly também sentiu na pele a força do mar e precisou levar 40 pontos no rosto após um choque frontal com os corais.

- São ondas cabulosas. Dá medo, pois um caldo pode te jogar nos corais e machucar. Todo cuidado é pouco - disse Adriano de Souza.



Gabriel Medina mergulha dentro dos corais em dia off em Teahupoo — Foto: Getty Images

Gabriel Medina mergulha dentro dos corais em dia off em Teahupoo — Foto: Getty Images



 — Foto: infoesporte

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 — Foto: infoesporte

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Confira as baterias da 1ª fase:

Masculino

  • Joao Chianca (BRA) x Barron Mamiya (HAV) x Seth Moniz (HAV)
  • Griffin Colapinto (EUA) x Ian Gentil (EUA) x Kelly Slater (EUA)
  • Ethan Ewing (AUS) x Jordy Smith (AFS) x Kauli Vaast (FRA)
  • Filipe Toledo (BRA) x Caio Ibelli (BRA) x Mathai Drollet (PF)
  • Yago Dora (BRA) x Kanoa Igarashi (JAP) x Rio Waida (IND)
  • Gabriel Medina (BRA) x Connor O'Leary (AUS) x Callum Robson (AUS)
  • John John Florence (HAV) x Ryan Callinan (AUS) x Matthew McGillivray (AFS)
  • Jack Robinson (AUS) x Leonardo Fioravanti (ITA) x Liam O'Brien (AUS)

Feminino

  • Molly Picklum (AUS) x Caitlin Simmers (EUA) x Gabriela Bryan (HAV)
  • Carissa Moore (HAV) x Tatiana Weston-Webb (BRA) x Vahine Fierro (FRA)
  • Tyler Wright (AUS) x Stephanie Gilmore (AUS) x Johanne Defay (FRA)
  • Caroline Marks (EUA) x Lakey Peterson (EUA) x Bettylou Sakura Johnson (HAV)
Fonte: ge
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