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'Combinamos de não morrer', dizem vereadoras de SC ameaçadas de morte

  • - Da esquerda para direita: vereadoras Giovana Mondardo, Maria Tereza Capra e Carla Ayres, com cartaz — Foto: Ana Paula dos Santos/NSC TV

Fonte: g1 SC

Cinco parlamentares de diferentes cidades que receberam email com ameaças participaram de sessão na Câmara Municipal de Florianópolis. Nesta quinta, elas participaram de ato de solidariedade em Florianópolis.

Cinco vereadoras de diferentes cidades catarinenses que receberam ameaças de morte participaram, na tarde desta quarta-feira (8), de um ato de solidariedade na Câmara Municipal de Florianópolis. As parlamentares levaram um cartaz com os dizeres: "Eles combinaram de nos matar, nós combinamos de não morrer!".

As vereadoras ameaçadas foram Carla Ayres (PT), que atua em Florianópolis; Maria Tereza Capra (PT), que teve o mandato cassado em São Miguel do Oeste, Oeste catarinense; Ana Lúcia Martins (PT), que atua em Joinville, Norte do estado; Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma, Sul catarinense; e Marlina Oliveira (PT), que atua em Brusque, no Vale do Itajaí.

"Estamos aqui para tratar da violência política de raça e de gênero que atravessa todas nós", afirmou Marlina Oliveira.

Ameaças

As vereadoras receberam e-mails parecidos. Para Ana Lúcia e Marlina, além da ameaça de morte, as ofensas foram racistas. Já para Carla, o conteúdo tinha ofensas lesbofóbicas.

Maria Tereza, que é citada em ambos os e-mails, sofre ameaças de morte desde que denunciou a suspeita de gesto nazista feita durante um ato antidemocrático em novembro. Giovana foi chamada de comunista e recebeu insultos.



E-mail enviado para vereadora Carla Ayres — Foto: Reprodução/Rede Social

E-mail enviado para vereadora Carla Ayres — Foto: Reprodução/Rede Social

"A vitória final virá e iremos matar você". "Seus dias e os dados [sic] de sua família estão contados", diziam os e-mails. Ana Lúcia Martins (PT) foi a primeira parlamentar a denunciar o e-mail com ofensas racistas e ataques.

A Polícia Civil disse que já ouviu as vítimas e apura a complexidade das ameaças para garantir a segurança das parlamentares.

As mulheres foram ameaçadas após se manifestarem contra a cassação da vereadora Maria Tereza, que perdeu o mandato na madrugada de domingo (5).



Da esquerda para a direita: vereadoras Ana Lúcia Martins, Carla Ayres, Giovana Mondardo, Maria Tereza Capra e Marlina Oliveira — Foto: Reprodução/Redes sociais

Da esquerda para a direita: vereadoras Ana Lúcia Martins, Carla Ayres, Giovana Mondardo, Maria Tereza Capra e Marlina Oliveira — Foto: Reprodução/Redes sociais

Os emails são assinados por Vanirto Conrad (PDT), vice-presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Oeste. Ele negou que tenha feito ameaças e afirmou que fez um boletim de ocorrência sobre o caso.



Vereador nega que fez ameaças a parlamentar que se posicionou contra cassação de colega por suposto gesto nazista em SC — Foto: Câmara de vereadores de São Miguel do Oeste/Divulgação

Vereador nega que fez ameaças a parlamentar que se posicionou contra cassação de colega por suposto gesto nazista em SC — Foto: Câmara de vereadores de São Miguel do Oeste/Divulgação

"Se esse e-mail porventura existir, só pode ser fruto de invasão de minhas redes sociais ou de alguém que criou um e-mail falso em meu nome para criar um factóide político", disse Conrad.

No e-mail, o vereador é citado como presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste. No entanto, o político compõe a mesa diretora como vice. Pedetista, Conrad é alvo de um processo de expulsão dentro da própria legenda após a informação de que teria sido apontado pela Polícia Civil catarinense como líder de manifestações golpistas depois das eleições.


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