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Segurança

Cinco funcionários são presos por cárcere privado em comunidade terapêutica de Garopaba

  • Imagem divulgação MPSC - Cinco funcionários são presos por cárcere privado em comunidade terapêutica de Garopaba

Instituição cobrava até R$ 5 mil por internação; fiscalização constatou violência, medicação forçada e internações irregulares

Uma operação realizada nesta segunda-feira (17) resultou na prisão em flagrante de cinco funcionários de uma comunidade terapêutica em Garopaba, suspeitos de manter internos em cárcere privado. A ação fez parte de uma fiscalização conduzida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que já acompanhava o local devido a denúncias e abriu nova frente de apuração. A clínica teve parte de suas atividades interditadas.

No total, 35 pessoas estavam internadas na instituição, que cobrava mensalidades entre R$2 mil e R$5 mil. Durante a inspeção, o Promotor de Justiça Guilherme Brito Laus Simas, com apoio do Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública, identificou que os pacientes eram levados à força, prática conhecida como “resgate”, e impedidos de deixar o local antes de três meses. Nenhum possuía laudo médico que justificasse internação compulsória, o que, segundo o Ministério Público, tornava todas as permanências irregulares, já que a clínica só poderia receber internações voluntárias.

Os internos relataram situações graves, como agressões físicas e psicológicas, alimentação inadequada, falta de higiene na preparação das refeições e uso de medicamentos como forma de punição, o que os deixava inconscientes. Para o Promotor Simas, os depoimentos exigem resposta imediata do sistema de justiça e da rede de proteção, dada a gravidade das violações.

Dos 35 internos, 22 expressaram o desejo de sair e foram encaminhados à assistência social do município, que também fez contato com os familiares para organizar o retorno. Aqueles que optaram por permanecer, de forma voluntária, foram autorizados a continuar na instituição.

Os cinco funcionários detidos foram levados ao presídio, onde aguardarão audiência de custódia. Também participaram da operação equipes das Vigilâncias Sanitárias municipal e regional, dos Conselhos Regionais de Medicina e Psicologia, da Assistência Social e das polícias Civil e Militar.

Por Redação RSC

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