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Júri do caso Isadora ouve amiga, mãe da vítima e ex-governanta do acusado
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Imagem reprodução redes sociais - Júri do caso Isadora ouve amiga, mãe da vítima e ex-governanta do acusado
Depoimentos trouxeram relatos sobre últimos contatos da jovem, rotina do acusado e impacto na família
O Tribunal do Júri de Imbituba ouviu, nesta quarta-feira (3), três novas testemunhas no julgamento do caso da morte de Isadora Vianna Costa, ocorrido em maio de 2018. Foram ouvidas a amiga próxima da vítima, Eliana; a mãe de Isadora, Cibele; e a ex-governanta do acusado, Paulo Odilon Xisto Filho.
A amiga Eliana afirmou que mantinha contato diário com Isadora e a aconselhava a voltar para casa em Santa Maria. Ela relatou que, no dia do ocorrido, a jovem desistiu de viajar após Paulo insistir para que ficasse em Imbituba para comemorar o aniversário dele. Por volta das 5h40, Isadora teria ligado pedindo ajuda, em estado de desespero, mas lúcida e coerente. Eliana destacou que, pouco depois, recebeu apenas uma resposta seca da vítima a uma pergunta sua, o que a fez suspeitar de que algo estava errado.
Depoimento da mãe da vítima
A mãe de Isadora, Cibele, policial penal, se emocionou ao descrever a filha. Ela contou que Isadora enfrentava distúrbios alimentares desde os 13 anos e fazia acompanhamento psicológico. “Minha filha sempre foi uma jovem normal, com suas incertezas da vida”, disse, lembrando que mantinha um relacionamento aberto com as filhas, inclusive sobre experiências com balas ou maconha em festas.
Cibele relatou que conheceu Paulo quando a filha mostrou uma foto e contou que ele queria conhecê-la. Segundo ela, Isadora ficou inicialmente apenas uma semana na casa do namorado, mas acabou permanecendo quase 15 dias. Sobre o comportamento da família do acusado após a morte da filha, a mãe afirmou: “Minha filha foi tratada que nem um lixo. Minha filha não valia nada pra eles.” Cibele disse ainda que, apesar da dor, decidiu seguir em frente e buscar justiça.
A ex-governanta Marileia, afirmou nunca ter presenciado atos de violência de Paulo durante o período em que trabalhou em sua residência. Segundo ela, conhecia bem a rotina do acusado e, embora soubesse que ele usava drogas em festas, nunca viu consumo dentro de casa. Mari destacou que a imagem negativa atribuída a Paulo pela mídia e pela população não correspondia ao comportamento que presenciou.
Relembre o caso
Em maio de 2018, a modelo Isadora Vianna Costa, de 22 anos, morreu em um apartamento em Imbituba, onde estava com o namorado, Paulo Odilon Xisto Filho. O Ministério Público acusa Paulo de homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, enquanto a defesa sustenta que a morte teria sido causada por overdose acidental de drogas. O caso chega ao Tribunal do Júri sete anos após o ocorrido.
O julgamento terá sequência na quinta-feira (4) com novas oitivas no fórum de Imbituba, com cobertura do RSC Portal.
Por Redação RSC
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