Foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão em 10 cidades

Na manhã desta terça-feira (19), o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) e do GEAC (Grupo Especial Anticorrupção), deflagrou a 6ª fase da Operação Mensageiro, considerada a maior ofensiva contra esquemas de corrupção envolvendo prefeituras em Santa Catarina.

Nesta nova etapa, autorizada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), foram cumpridos 3 mandados de prisão preventiva contra empresários investigados e 36 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de 10 cidades: Imbituba, Imaruí, Rio do Sul, Blumenau, Florianópolis, Gaspar, Bombinhas, Laguna, Braço do Norte e Palhoça.

As equipes do GAECO cumpriram mandados de busca em endereços ligados a contratos de coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos. Segundo as investigações, há indícios de que empresários do setor de lixo e agentes públicos mantinham um esquema contínuo e estruturado de corrupção, com contratos superfaturados e pagamento de propina a servidores e agentes políticos.

Alvos da investigação

Além de empresários, a operação desta terça-feira também tem como alvos servidores públicos, ex-servidores, agentes políticos e ex-prefeitos, incluindo os ex-chefes do Executivo de Braço do Norte e Rio do Sul.

A ação contou ainda com apoio da Polícia Científica de Santa Catarina, responsável por garantir a preservação da cadeia de custódia e a integridade das provas colhidas.

O Ministério Público de Santa Catarina afirmou que a Operação Mensageiro continua em andamento e que novas fases devem ser deflagradas, podendo atingir outras prefeituras, empresários e secretários municipais.

Enquanto isso, o inquérito segue em sigilo. O MPSC reforça que a população pode colaborar com as investigações por meio de denúncias anônimas na Ouvidoria oficial.

O que é a Operação Mensageiro

Deflagrada em 2022, a Operação Mensageiro já levou à prisão cerca de 50 pessoas, entre elas 17 prefeitos e 3 vice-prefeitos. O esquema apurado envolve empresas de coleta de lixo que firmavam contratos superfaturados com diversas prefeituras em troca do pagamento de propina a agentes públicos.

A cada fase, o MPSC amplia o alcance das apurações, revelando a participação de novos núcleos empresariais e políticos. O modelo identificado é considerado sistêmico e milionário, com ramificações em várias regiões do estado.

Por Redação RSC