Tartarugas mutiladas são encontradas em Garopaba em dois dias consecutivos
Tartarugas mutiladas são encontradas em Garopaba em dois dias consecutivos
-
- Em casos de flagrantes de furtos ou maus-tratos, a recomendação é acionar imediatamente a Polícia Militar pelo número 190 - Foto: divulgação/Instituto Australis
Homem foi flagrado tentando furtar o casco de um dos animais
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) do Instituto Australis registrou, em apenas dois dias, dois casos de mutilação de tartarugas cabeçudas na região de Garopaba, no litoral sul de Santa Catarina. Os episódios ocorreram nos dias 18 e 19 de dezembro e levantaram preocupações sobre crimes ambientais na área.
No primeiro caso, ocorrido na praia da Barra, no dia 18, uma tartaruga foi encontrada em pedaços. O animal apresentava cortes precisos feitos com objeto cortante, e partes como a carapaça, o plastrão e a cabeça haviam sido removidas, indicando possível furto.
Já no dia 19, na praia central de Garopaba, outra tartaruga cabeçuda foi encontrada com um corte profundo na borda da carapaça, também causado por um objeto cortante. Populares relataram que um homem foi flagrado tentando furtar a carapaça do animal utilizando uma faca. O momento foi fotografado por testemunhas, que forneceram as imagens ao Instituto Australis.
Em comunicado nas redes sociais, o projeto destacou que esse tipo de interferência, além de comprometer o trabalho das equipes de monitoramento, configura crime ambiental. A prática é proibida pelo artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que considera ilegal caçar, capturar, mutilar ou utilizar animais silvestres sem autorização. O Decreto nº 6.514/2008 reforça as sanções para atos que envolvam espécies protegidas.
A orientação é que, ao encontrar animais marinhos na praia, a população não interfira no local nem manipule os corpos, para que as equipes especializadas possam avaliar as causas do encalhe. Em casos de flagrantes de furtos ou maus-tratos, a recomendação é acionar imediatamente a Polícia Militar pelo número 190.
Por redação RSC, com informações Instituto Australis
Deixe seu comentário