Secretário de Obras esclarece que pendências técnicas e licitação para drenagem sob a linha férrea atrasaram a obra, mas garante que os trabalhos devem começar em até 30 dias

A equipe da RSC esteve nesta segunda-feira (27) na Rua Otávio Francisco Pires, no bairro Campo da Aviação, em Imbituba, atendendo a um pedido dos moradores que cobram o início do calçamento prometido desde o início do ano. De acordo com a placa de obra instalada no local, os trabalhos deveriam ter começado em fevereiro e concluídos até abril, mas até o momento nada foi feito.

Durante a reportagem, os moradores relataram frustração com a demora e destacaram a falta de informações por parte do poder público. José Carlos, um dos residentes mais antigos da rua, afirmou que o processo se arrasta há meses e que a comunidade espera uma solução definitiva. “Essa rua virou uma novela mexicana. A verba foi garantida, mas a obra não sai do papel. A gente só quer uma resposta e uma data concreta”, disse.

O secretário de Obras, David Rafael, esteve presente e explicou o motivo do atraso. Segundo ele, um erro técnico identificado pela Amurel impediu o avanço do calçamento. A drenagem da via precisa passar por debaixo da linha férrea, o que exigiu a elaboração de um novo projeto e autorização da concessionária da ferrovia.

“Depois que o novo projeto ficou pronto, a empresa responsável pela obra informou que não tinha capacidade para executar o furo não destrutivo sob os trilhos. Foi preciso abrir uma nova licitação para contratar uma empresa especializada. Esse processo já foi finalizado e está nos trâmites de contrato”, afirmou David.

O secretário garantiu que o dinheiro destinado à obra, cerca de R$ 300 mil, está depositado e vinculado à execução, sem risco de desvio. Ele ainda informou que a previsão é de que o serviço de drenagem comece dentro de 30 dias. “Em 30 dias a empresa deve iniciar o furo sob os trilhos. O calçamento vem logo depois, mas não posso garantir que fique pronto ainda este ano”, completou.

Os moradores receberam as informações com alívio, mas seguem cautelosos. “O diálogo é o que faltava. Agora esperamos que as promessas saiam do papel”, afirmou José Carlos.

Apesar da frustração, a comunidade mantém a esperança de ver a Rua Otávio Francisco Pires finalmente pavimentada, um sonho aguardado há mais de duas décadas.

Por Redação RSC