Empresa reforçou que priorizará o compromisso firmado com o Ministério da Saúde

A empresa japonesa Takeda, responsável pela vacina contra a dengue Qdenga, afirmou que vai priorizar o contrato feito com o Ministério da Saúde brasileiro e limitar a venda do imunizante ao mercado privado, com exceção de quem já tomou a primeira dose. A farmacêutica reforçou que os compromissos firmados com os municípios anteriormente serão “plenamente honrados”.

Veja o que disse na íntegra a farmacêutica

Em nota, a Takeda destacou que está “comprometida em apoiar as autoridades de saúde” e que o fornecimento da vacina para a iniciativa privada “será limitado para suprir e priorizar o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal”.

O Ministério da Saúde adquiriu 6,6 milhões de doses do imunizante que devem ser entregues ao longo deste ano. Outras 9 milhões estão previstas para 2025.

A farmacêutica afirmou ainda que especula soluções possíveis para o aumento de doses disponíveis e que está “fortemente comprometida” em buscar parcerias com laboratórios nacionais.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), por meio do Instituto Bio-Manguinhos comentou que teve “conversas iniciais” com o laboratório japonês sobre uma “possível transferência de tecnologia”, mas que nenhuma decisão foi formalizada até o momento.

Entenda a vacina Odenga

A Qdenga é uma vacina tetravalente contra a dengue, que protege contra quatro sorotipos do vírus. O público-alvo será de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, e as primeiras aplicações devem ocorrer neste mês.

A escolha desse público-alvo se deu porque se trata do grupo com maior quantidade de hospitalizações, atrás somente dos idosos. A vacina, porém, ainda não foi autorizada para este público, apenas para quem tem entre 4 e 60 anos.

Mortes em Santa Catarina

Em Santa Catarina, Joinville já soma quatro mortes por dengue apenas neste ano. O último caso confirmado foi nesta segunda-feira (5). A vítima era uma mulher de 89 anos. Segundo a Prefeitura de Joinville, a mulher morava no bairro Iririú, tinha comorbidades e estava em cuidados paliativos.

Por ND+