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Polícia pede prisão de empresário de salões de beleza de luxo que matou cliente de bar em SC

  • - Utan, que morreu baleado, foi homenageado em manifestação nesta segunda — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal e Redes Sociais/ Reprodução

Fonte: g1 SC e NSC

Empresário atirou em homem após discussão por causa de estacionamento em São José no sábado.

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do empresário Lincoln Zaghi Júnior, que matou a tiros Utan Guraçai da Rosa Camargo, de 38 anos, no sábado (28) em São José, na Grande Florianópolis. Não havia informações se o Poder Judiciário aceitou a solicitação policial até às 8h24 desta sexta-feira (3).


O assassinato ocorreu durante uma discussão por causa de estacionamento. Familiares e amigos de Utan fizeram uma manifestação na segunda-feira (30) contra o investigado, que é um empresário do ramo de salões de beleza de luxo. Ele tem 26 anos. A defesa afirma que ele agiu em legítima defesa.


A informação sobre o pedido da prisão preventiva foi dada à NSC pelo delegado regional de São José, Manoel Galeno. Lincoln foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.


O empresário prestou depoimento no inquérito policial na terça (31) por videochamada. Ele se apresentaria à polícia de forma presencial, mas isso não ocorreu. A defesa de Lincoln, feita pelo advogado Bruno Gastão da Rosa, disse que o depoimento foi feito por videochamada por orientação do delegado e por questão de segurança.


Vítima foi identificada como Utan da Rosa Camargo — Foto: Redes Sociais/ Reprodução

Vítima foi identificada como Utan da Rosa Camargo — Foto: Redes Sociais/ Reprodução

Na terça, o advogado disse ainda que Lincoln Zaghi Júnior não está foragido da Justiça e que se apresentará às autoridades caso tenha a prisão decretada.


Sobre o depoimento de Lincoln, o advogado declarou que o empresário "Deixou clara a sua versão de que agiu em legítima defesa, que não havia a intenção de matar, que fez, conforme os fatos se deram, no intuito de não sofrer a agressão, mas não imaginou que teria o resultado morte", declarou o advogado.


Utan Camargo, morto a tiros em São José — Foto: Reprodução/NSC TV

Utan Camargo, morto a tiros em São José — Foto: Reprodução/NSC TV

Para os familiares da vítima, as imagens comprovam que Utan Camargo não agiu de forma violenta contra Lincoln.


"Quando o meu irmão viu que ele puxou a arma para matar esse rapaz, a única pergunta que o meu irmão fez para ele: 'por que tu vais atirar?', e foi para cima. Mas ele não foi para cima na intenção de bater nele, até porque, nas filmagens, ele está com um cigarro na mão, e foi de braços abertos. Foi uma morte banal e o que conforta a gente é buscar por justiça", declarou a irmã de Utan, Andréia Camargo.


De acordo com a Polícia Militar, que também esteve no local no dia do assassinato, o empresário tem registros policiais por lesão corporal, ameaça, injuria, calúnia, difamação, descumprimento de medida protetiva de urgência, desacato.

Protesto

Na segunda (30), parentes e amigos de Utan fizeram um protesto pela morte dele. Um salão de beleza de luxo que pertence ao investigado pelo assassinato foi marcado com tinta vermelha, para representar o sangue da vítima. Cartazes de "luto" também foram colados em frente ao estabelecimento (foto abaixo).



Utan, que morreu baleado, foi homenageado em manifestação nesta segunda — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal e Redes Sociais/ Reprodução

Utan, que morreu baleado, foi homenageado em manifestação nesta segunda — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal e Redes Sociais/ Reprodução

"Ele era nosso porto seguro", lamentou a irmã da vítima, Andreia Camargo, que organizou a manifestação.



Mensagens pedindo justiça foram escritas em frente ao salão — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Mensagens pedindo justiça foram escritas em frente ao salão — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Tinta vermelha foi espalhada no salão para representar o sangue, segundo irmã da vítima — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Tinta vermelha foi espalhada no salão para representar o sangue, segundo irmã da vítima — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Utan era natural de Cachoeira do Sul (RS) e trabalhava como garçom em um restaurante do Mercado Público de Florianópolis. O estabelecimento não abriu na segunda-feira.

"Ele era muito amado e muito família. Amava os cachorrinhos dele e o time dele, o Grêmio", relata a irmã Andreia Camargo. A vítima deixa esposa e um filho de 12 anos, do primeiro casamento.
Protesto acontece na manhã desta segunda-feira — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Protesto acontece na manhã desta segunda-feira — Foto: Andreia Camargo/ Arquivo Pessoal

Morte

O cliente da loja de conveniências foi baleado e morreu após uma discussão sobre estacionamento irregular.

Conforme o boletim de ocorrência, o crime aconteceu na noite de sábado (28), após o proprietário do estabelecimento ligar para Guarda Municipal pedindo que verificassem os carros que estariam estacionados irregularmente em frente à loja. Uma Câmera de segurança registrou a discussão (assista trecho no início da reportagem).



Discussão com morte aconteceu em frente a uma loja de conveniência  — Foto: Reprodução

Discussão com morte aconteceu em frente a uma loja de conveniência — Foto: Reprodução

O proprietário informou, em depoimento à Polícia Civil, que o empresário soube da solicitação, foi ao estabelecimento e o ameaçou. Em seguida, puxou uma arma e apontou contra ele.


Os tiros atingiram o cliente Utan Guraçai da Rosa Camargo, que estava no local com a esposa. A vítima morreu. Segundo a companheira dele, em relato que consta no boletim de ocorrência, Lincoln entrou em um carro estacionado em frente à loja e fugiu.



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