Por Duda Indalêncio

Oi! Eu sou a Duda Indalêncio, jornalista, mas, antes disso, cristã. Acredito que, em um mundo onde as notícias correm depressa e os corações andam cansados, talvez o que nos falte não seja mais informação, mas sim esperança - e sim, essa frase veio de uma pessoa que trabalha com notícias.

Nesta coluna, quero compartilhar com você um pouco da minha visão sobre o que é, de fato, uma vida cristã. E também dar espaço para mostrar o trabalho de pessoas dedicadas à causa de Cristo. Para a nossa primeira “conversa” quero falar sobre dois acontecimentos recentes, que me fizeram refletir muito.

O que vale uma mensagem?

Você já leu o capítulo 21 do livro de Mateus? O trecho bíblico narra um momento de grande significado para os cristãos. Jesus, ao entrar no templo, se depara com comerciantes vendendo seus produtos ali. Em um momento de indignação, Cristo passa a derrubar as mesas, e cita o profeta Isaías ao dizer: “A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.”

Compartilho esta narrativa para introduzir um tema que chamou minha atenção nas redes sociais. Nas últimas semanas, Imbituba recebeu um grande nome do mundo gospel, reconhecido em todo o Brasil por suas mensagens bíblicas e em muitos momentos cômicas. A apresentação foi um grande sucesso, com direito à igreja cheia.

Porém, muitos cristãos questionaram os “valores” envolvidos na vinda dessa celebridade. Os ingressos para assistir à mensagem bíblica não foram baratos. E aí entra a nossa narrativa: seria correta a atitude de cobrar valores tão altos para que as pessoas tenham acesso à mensagem? Não seria um caso de distorção do que é a casa de Deus assim como aconteceu no templo?

Acompanhando os comentários nas redes sociais e conversando com amigos de diferentes denominações, percebi uma grande disparidade de opiniões. Pensando sobre o assunto, cheguei à seguinte conclusão. Ao invés de estarmos preocupados com os valores dados de bom grado por pessoas interessadas nas palavras do pastor, talvez devêssemos estar torcendo para que a mensagem bíblica tenha alcançado novos corações e gerado transformação.

Não, eu não sou favorável à atitude de vender qualquer coisa em troca da mensagem que nos foi dada gratuitamente. Mas, se penso que algo deveria ser diferente… a mudança não deveria começar em mim?

“De graça recebestes, de graça dai.” - Mateus 10:8

Podcast Esquadrão de Cristo: vozes jovens, missão eterna

Diante de tantos dilemas sobre como comunicar o evangelho nos dias atuais, é reconfortante perceber que ainda há quem decida fazer a diferença - com simplicidade, propósito e fé.

Na última semana, me empolguei com a iniciativa de um grupo de adolescentes do bairro Nova Brasília, em Imbituba (SC). Esses jovens decidiram fazer mais do que consumir conteúdo: passaram a produzir, e produzir com propósito.

Foi assim que nasceu o podcast “Esquadrão de Cristo”, feito por adolescentes. O objetivo? Levar esperança. O grupo se reúne para falar de fé, saúde mental, identidade cristã, missão e amor (forte né?), temas profundamente relevantes para quem vive os dilemas da juventude cristã.

Esses jovens estão mostrando que microfones podem ser instrumentos de salvação, que roteiros podem conter verdades eternas, e que há lugar, sim, para Deus no universo digital.

Mais do que criticar o que está errado, precisamos aprender a valorizar quem está acertando. E esses adolescentes nos lembram de algo essencial: fazer a diferença começa com a disposição de servir.