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Cristianismo

Coluna #12: O Deus que não é sombra

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Por Duda Indalêncio

Nesta semana, enquanto lia o livro Deus no Banco dos Réus, de C.S. Lewis, me deparei com a seguinte frase:

“O deus em cujos dogmas não se crê é apenas uma sombra. Ele não produz o temor do Senhor, onde começa a sabedoria, e, portanto, não produz o amor no qual ela é consumada.”

Esse pequeno trecho me fez refletir sobre a hipocrisia humana.

Quantas vezes defendemos causas (políticas ou religiosas) sem conhecimento profundo sobre elas? Quantas vezes usamos palavras ou expressões corriqueiras sem nos preocuparmos com seu real peso? E quando foi a última vez que paramos para conhecer alguém de verdade antes de emitir uma opinião sobre sua vida?

E mais: buscamos, de fato, saber qual é a vontade do Deus em quem dizemos crer?

A verdade é que, quando vivemos apenas de aparência, transformamos Deus em uma sombra. Dizer que cremos, mas não buscar conhecê-Lo, é vazio. Repetir discursos sem experiência real é como falar de uma luz que nunca vimos. E, ao meu ver, não há grande diferença entre um deus que não existe e uma sombra: ambos são incapazes de transformar vidas.

Mas o Deus em quem eu creio não é uma sombra. Ele é real, pessoal e atuante. Ele pede entrega, busca e relacionamento. Ele não quer apenas estar no nosso discurso; Ele quer estar no nosso coração, moldando atitudes, escolhas e caráter.

O perigo é que a hipocrisia nos engane ao ponto de acharmos que estamos com Deus, quando na verdade apenas criamos uma versão "sombra" Dele, adaptada às nossas conveniências. Mas a fé verdadeira nos chama ao oposto: a abandonar máscaras, a buscar de todo coração e a viver um cristianismo que vai além das palavras.

Como disse o próprio Cristo em João 17:3:

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

Não basta saber que Ele existe. É preciso conhecê-Lo. E conhecê-Lo muda tudo.

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