Rubro-negro garante o tetra e vê Jorginho, de Imbituba, alcançar feito inédito no cenário internacional

O Flamengo venceu o Palmeiras por 1 a 0 na noite deste sábado (29) e conquistou mais uma Copa Libertadores da América. Com o título, o Brasil iguala a Argentina em número de conquistas na competição: agora são 25 taças para cada país, coroando uma arrancada brasileira iniciada em pelo rubro-negro em 2019, desde então foram sete títulos brasileiros, sendo três deles do Flamengo (2019, 2022, 2025).

A partida começou com pressão do Flamengo, que criou boas chances com Arrascaeta, Bruno Henrique e Samuel Lino. O Palmeiras equilibrou o jogo depois dos 20 minutos, assustando em cabeçada de Vitor Roque.
O duelo ganhou tensão após uma entrada de Pulgar em Bruno Fuchs, já com o lance parado. O zagueiro palmeirense ficou caído por vários minutos, mas o VAR manteve apenas o cartão amarelo para o chileno. A etapa inicial terminou com quatro advertências e clima quente.

O segundo tempo foi mais aberto, com chances claras para ambos os lados. Arrascaeta e Jorginho levaram perigo pelo Flamengo, enquanto Andreas Pereira e Flaco López responderam pelo Palmeiras.
Aos 21 minutos, o grito rubro-negro finalmente saiu: Arrascaeta cruzou na cabeça de Danilo, que marcou o gol do título. O Palmeiras pressionou até o fim e quase empatou com Vitor Roque aos 43, mas Danilo salvou novamente. O apito final confirmou a festa rubro-negra em mais uma noite histórica para o clube.

Jorginho Frello: de Imbituba para o topo do futebol mundial

Natural de Imbituba, Jorginho Frello viveu uma noite inesquecível ao conquistar sua primeira Libertadores e alcançar um feito inédito: tornou-se o primeiro jogador da história a vencer Eurocopa, Champions League e Libertadores. Nenhum atleta, antes dele, havia conseguido erguer os três maiores títulos do futebol.

Aos 33 anos, o meio-campista coroa uma carreira construída majoritariamente na Europa, onde brilhou por Chelsea, Arsenal e Napoli, e foi campeão da Champions League (2021) e da Euro no mesmo ano, com a seleção italiana. Em junho de 2025, retornou ao Brasil para defender o Flamengo, seu primeiro clube profissional no país, e rapidamente virou peça-chave nas campanhas do Brasileirão e da Libertadores.

Uma trajetória marcada por superação

A história de Jorginho começou longe de casa. Aos 13 anos, deixou Imbituba para treinar em uma escola ligada ao Brusque. Dois anos depois, foi para o Hellas Verona, na Itália, onde viveu em um convento com outros jovens atletas.
Ele relembra o desafio de amadurecer cedo: “Deixei muita coisa para trás. Não sabia o quão forte mentalmente eu era”.
A paixão pelo futebol veio da mãe, Maria Tereza, apelidada de “Zico”, que desafiava preconceitos para jogar na juventude.

Orgulho de Imbituba

A cidade natal acompanha com orgulho a ascensão do jogador, hoje reconhecido mundialmente. Jorginho reforça um capítulo especial não apenas para sua carreira, mas para todo o Sul de Santa Catarina: um imbitubense agora pertence ao seleto grupo de lendas do futebol internacional.

Por Redação RSC