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Polícia Federal cumpre mandados de prisão contra ex-diretores da Americanas

  • - Foto: divulgação

Grupo investigado é responsável pela maior fraude da história do mercado financeiro do Brasil, estimada em R$ 25,3 bilhões

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (27), dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão nas residências de ex-diretores da varejista Americanas no âmbito da operação Disclosure, que apura a participação de ex-diretores da companhia na fraude contábil bilionária que levou a empresa à recuperação judicial, informou a PF em comunicado.

Além dos mandados de busca e apreensão e de prisão, a Operação Disclosure também cumpre o sequestro de bens e valores dos ex-diretores investigados, que somam mais de R$ 500 milhões.

As ordens judiciais foram expedidas pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a partir de investigações da PF, do Ministério Público Federal e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

De acordo com a PF, as investigações tiveram a colaboração da atual diretoria da empresa. Os policiais apuraram que os então diretores da Americanas “praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste numa operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos”.

As investigações também constataram “fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram”, informa nota da PF.

Os ex-diretores da Americanas, empresa que está em recuperação judicial. Os investigados deverão responder pelos crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Risco Sacado: Caso Americanas

No segundo semestre do ano passado, 2022, a Lojas Americanas anunciou ao mercado seu novo CEO, Sergio Rial, que vinha do Banco Santander, num movimento que ao mesmo tempo animou o mercado fazendo as ações da companhia subirem mais de 20% num único pregão. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e essa história não parece ter tido um final feliz.

Rial assumiu o bastão no início do ano, mas o que parecia ser um novo tempo para a Lojas Americanas se tornou um verdadeiro mar de sangue em suas ações.

Ele deixou a empresa apenas 9 dias depois de assumir, declarando que haviam sido encontradas inconsistências no balanço da empresa, inconsistências essas que giravam em torno de R$ 20 bilhões.

Rial afirmou que as inconsistências estavam relacionadas ao risco sacado da empresa.

Por redação RSC

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