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Internacional

General boliviano é preso após tentativa de golpe de Estado

  • (Imagem AIZAR RALDES / AFP) - General boliviano é preso após tentativa de golpe de Estado

Militares tomaram a praça central de La Paz e um veículo blindado invadiu a entrada do palácio

Na quarta-feira (27), grupos de militares, liderados pelo general boliviano Juan José Zúñiga, tomaram a praça central de La Paz e um veículo blindado invadiu a entrada do palácio presidencial, enquanto o presidente Luis Arce denunciava o que ele considerou uma tentativa de golpe de Estado e pedia apoio internacional. Zúñiga foi preso.

O Ministério Público da Bolívia ordenou o início de uma investigação penal contra o general e todos os participantes da tentativa de golpe. Em nota, a Procuradoria-Geral da Bolívia informou que todos os esforços necessários para o esclarecimento dos atos e a imposição da máxima sanção aos responsáveis 

Retirada das tropas

Arce nomeou Jose Wilson Sanchez Velásquez como o novo comandante-geral do Exército, no lugar de Juan José Zuñiga. Ao tomar posse, Velásquez ordenou a retirada das tropas das ruas. “Na condição de comandante-geral do Exército, ordeno que todos os militares que se encontrem nas ruas devem retornar a suas unidades”, disse. 

“Deploramos atitudes de maus militares que, lamentavelmente, repetem a história recente do país, tratando de fazer um golpe de Estado quando o povo boliviano sempre foi um povo democrático”, disse o presidente Luis Arce durante um pronunciamento na Casa Grande del Pueblo, a residência presidencial boliviana.

Ele agradeceu ao povo boliviano pelo apoio nas redes sociais, a todos os países que estão se pronunciando em favor da democracia boliviana e também à polícia do país. “Chamamos o povo boliviano a mobilizar-se e manter a calma. todos os bolivianos juntos vamos derrotar qualquer tentativa de golpe”. 

Contexto do golpe

Zuñiga, apontado como o articulador da tentativa de golpe, tem sido um crítico do governo de Arce. Ele disse recentemente que se Evo Morales, ex-presidente do país e que planeja concorrer nas eleições de 2025, retornar como presidente do país, irá bloqueá-lo. A ameaça levou Arce, que diverge de Morales apesar de integrarem o mesmo movimento político, a tirá-lo do comando do Exército. 

Segundo Zuñiga, existe uma raiva crescente no país, que vem enfrentando uma crise econômica com o esgotamento das reservas do Banco Central e a pressão sobre a moeda boliviana, uma vez que as exportações de gás diminuíram.

"Os três chefes das Forças Armadas vieram expressar nossa consternação. Haverá um novo gabinete de ministros, certamente as coisas mudarão, mas nosso país não pode mais continuar assim", disse Zuñiga a uma estação de TV local.

Por Redação RSC, com informações da Agência Reuters


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