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Saúde

Primeiras cirurgias bariátricas pelo SUS são realizadas no Sul do estado

  • (Imagem divulgação) - Primeiras cirurgias bariátricas pelo SUS são realizadas no Sul do estado

Pacientes que irão realizar a cirurgia bariátrica feita pelo SUS são encaminhados ao Imas conforme a ordem cronológica da regulação do Estado

O Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, realizou as primeiras cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Sob gestão do Instituto Maria Schmitt (Imas), a unidade é a única habilitada na macrorregião Sul de Santa Catarina a realizar esse procedimento feito por videolaparoscopia.

A habilitação do hospital faz parte do Termo de Compromisso da Alta Complexidade ao Indivíduo com Obesidade, aprovado este ano pelo Governo do Estado. O grande diferencial do procedimento está na técnica utilizada, a videolaparoscopia, que é minimamente invasiva. O método utiliza uma micro câmera ligada a um monitor, que permite a realização da cirurgia sem cortes.

“Estou admirada e realizada com toda a estrutura que nos proporcionaram aqui. Todo o preparo que tivemos antes da cirurgia, como as consultas, os exames, o atendimento desde a recepção, a equipe médica, todo o serviço aqui é excelente, como se eu tivesse fazendo a bariátrica no mesmo nível de um procedimento particular”, ressaltou a moradora de Tubarão, Tamires Oliveria Nandi de Souza, 36 anos, que estava dois anos e três meses na fila. 

Pesando 118 kg, a professora desenvolveu diabetes devido a obesidade. “A rotina do meu dia a dia com os meus alunos já estava bem afetada por conta das dores e cansaços nas pernas devido ao sobrepeso. A partir de agora terei mais saúde e autoestima”, frisou.

Há três anos e meio na fila, Karoline Nogaredo da Silva, de 31 anos, chegou a pesar 170 kg e teve que se afastar do trabalho, onde exercia a função de serviços gerais, por conta da obesidade. 

“Não conseguia mais me abaixar, nem subir escada. Em casa, também comecei a ter dificuldade até mesmo para dar banho ou brincar com a minha filha. A obesidade, além de dificultar o dia a dia, fez com que eu desenvolvesse pressão alta, gordura no fígado e no coração”, relatou Karoline, que também veio de Tubarão para a cirurgia. 

Ela conta que desde a primeira consulta, em fevereiro, já realizou exames e avaliações para a realização do procedimento. “Depois que começamos o processo, foi tudo imediato. Estamos prontas para uma vida nova”, afirmou ao lado de Tamires.

Segundo os médicos cirurgiões Marcos Eduardo Mezzomo e Diogo Nezzo, responsáveis pelo procedimento, a bariátrica envolve uma equipe multidisciplinar que trabalha de forma integrada para o sucesso do procedimento. 

“Todo paciente da bariátrica tem que passar por essa equipe que é composta por nutricionista, psicóloga, endocrinologista, cardiologista e até anestesiologia, para estarem aptos à realização da cirurgia. Após os resultados de exames e a avaliação do paciente, é definido a técnica, bypass ou sleeve, que são as mais consagradas na área”, enfatizaram.

Dia histórico para o Dom Joaquim

Os pacientes que irão realizar a cirurgia bariátrica feita pelo SUS são encaminhados ao Imas conforme a ordem cronológica da regulação do Estado. De acordo com a diretora geral do Hospital Dom Joaquim, Marielle Dassoler, todo o acompanhamento é feito pelos profissionais da unidade. 

“Além da equipe multidisciplinar de profissionais que acompanha todo o processo, os pacientes passam por diversos exames laboratoriais e de imagem, como endoscopia, ecodoppler, eletrocardiograma, e tudo feito pelo SUS dentro da nossa unidade. Após as cirurgias, eles ainda têm um ano de acompanhamento para enfim ter a alta da bariátrica”, explicou a diretora.

Conforme Mariele, a meta é realizar 20 cirurgias bariátricas mensais. “Estamos comemorando esse grande avanço para a saúde pública. Não tinha bariátrica pelo SUS aqui na macrorregião, era uma demanda reprimida. Estamos proporcionando mais saúde e autoestima aos nossos cidadãos, pois obesidade também traz consigo outras comorbidades, como ansiedade, depressão, diabetes, hipertensão e outras doenças secundárias. E a bariátrica hoje é uma realidade para acesso de todos. Queremos oferecer qualidade de vida à nossa população através da rede pública que é resolutiva, eficaz e humanizada” finaliza.

Fonte Litoral Sul

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