Novo plano de contingência contra a dengue será dividido em três níveis e contempla ações para todas as regiões de Santa Catarina.

A SES/SC (Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina) divulgou, nesta quinta-feira (11), o novo plano de contingência contra a dengue, chikungunya e Zika para o ano de 2024 no Estado.

A ação ocorre após Santa Catarina atingir o estado de epidemia em todo o território. Segundo os dados do último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, divulgado em 31 de dezembro, foram confirmados 119.525 casos de dengue no Estado.

O principal objetivo do plano, conforme a SES, é evitar mortes decorrentes dessas doenças. Somente em 2023, foram confirmadas 98 mortes pela doença.

A SES destaca que serão abordados três níveis de enfrentamento. Para elaborá-los, a Secretaria realizou reuniões, capacitações e conversas visando desenvolver a melhor estratégia.

Em Santa Catarina, o Aedes aegypti tem sido detectado em um número cada vez maior de municípios. Em 2023, 239 municípios registraram a presença do mosquito, sendo que 154 foram considerados infestados, aumentando assim o risco de transmissão dessas doenças.

O plano de contingência contra a dengue

O Plano de Contingência é dividido em três estágios de ativação. O primeiro estágio corresponde a uma situação em que os casos prováveis de dengue aumentam continuamente por duas semanas consecutivas.

A ação acontecerá em duas regiões de saúde, ultrapassando 50 casos por 100 mil habitantes por semana em áreas com até 350 mil habitantes, ou ultrapassando 25 casos por 100 mil habitantes em áreas com mais de 350 mil habitantes.

Já no segundo estágio, identificado como um alerta de início de um processo epidêmico, a taxa de incidência de dengue continua aumentando por mais duas semanas consecutivas em duas regiões de saúde, ultrapassando 100 casos por 100 mil habitantes por semana, com notificação de óbito suspeito ou confirmado nesse período.

No terceiro estágio, a taxa de incidência de casos prováveis de dengue continua aumentando por mais duas semanas consecutivas em duas regiões de saúde, ultrapassando 150 casos por 100 mil habitantes, e com a confirmação de pelo menos dois óbitos nesse período.

Para chikungunya e Zika, os estágios acompanham o aumento da incidência de casos prováveis em comparação com o mesmo período do ano anterior.

No primeiro estágio, há um aumento de casos em duas regiões de saúde, no segundo estágio há um aumento de casos em duas regiões de saúde, e no terceiro estágio há notificação de casos graves ou óbito pelo agravo ou aumento da positividade em gestantes.

Dessa forma, os estágios são progressivos, e à medida que o número de casos prováveis aumenta, ocorre a transição para o próximo estágio, com a ampliação das atividades a serem realizadas.

Por g1 SC