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Intoxicações por metanol levantam alerta sobre bebidas adulteradas
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Imagem iStock - Intoxicações por metanol levantam alerta sobre bebidas adulteradas
Casos confirmados já somam seis, enquanto outras dez ocorrências seguem em investigação pela Polícia Civil
O estado de São Paulo enfrenta uma série de casos de intoxicação relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas supostamente adulteradas com metanol, substância tóxica capaz de causar cegueira e até a morte. Desde junho, seis pessoas já foram diagnosticadas com intoxicação confirmada, e outras dez ocorrências ainda estão sob investigação, entre elas três mortes registradas em São Bernardo do Campo e na capital paulista.
As vítimas relataram ter consumido bebidas prontas em bares ou garrafas adquiridas em adegas. Em um dos episódios, quatro pessoas de um mesmo grupo precisaram ser hospitalizadas após ingerirem gim comprado dias antes em um comércio da capital. Em outro caso, uma mulher perdeu a visão depois de beber caipirinhas com vodca em um bar.
De acordo com especialistas, a contaminação tende a ocorrer em situações de falsificação, já que o metanol pode ser usado para elevar o teor alcoólico de forma mais barata. A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) apontou que adulterações podem ter ligação com facções criminosas paulistas, embora essa hipótese ainda não tenha sido confirmada pelo Ministério Público.
As autoridades investigam os locais de venda e já apreenderam cem garrafas suspeitas em um bar da capital. O metanol, porém, é de difícil identificação: tem odor e sabor semelhantes ao do álcool comum, o que torna impossível a detecção caseira. Entre os sinais de alerta estão preços muito baixos, embalagens mal impressas ou violadas e ausência de informações obrigatórias no rótulo.
A Anvisa orienta que, em casos de suspeita, o consumidor deve acionar o Disque-Intoxicação (0800 722 6001), preservar a garrafa e notificar os órgãos competentes. O tratamento médico pode incluir antídotos específicos e até hemodiálise, dependendo da gravidade da intoxicação.
Por Redação RSC
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