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Serial killer brasileira? Suspeita de série de envenenamentos confessa dois assassinatos e dá detalhes sobre crimes em SP e no RJ
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Imagem reprodução O Globo - Serial killer brasileira? Suspeita de série de envenenamentos confessa dois assassinatos e dá detalhes sobre crimes em SP e no RJ
Ana Paula Veloso Fernandes admitiu ter matado duas pessoas em São Paulo e um homem no Rio de Janeiro; polícia ainda investiga outras duas mortes
A mulher identificada como Ana Paula Veloso Fernandes, apontada pela polícia como uma possível serial killer, confessou em depoimento à polícia ter matado duas pessoas, sendo uma em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Ela é investigada por, ao menos, quatro homicídios, a maioria por envenenamento, e teria agido tanto por conta própria quanto a mando de terceiros.
Durante o interrogatório, Ana Paula admitiu ter assassinado Marcelo Hari Fonseca, proprietário da casa onde morava em São Paulo, e o pai de uma amiga, identificado como Neil Correa da Silva, crime ocorrido no dia 26 de abril, no Rio de Janeiro. Em seu relato, a suspeita afirmou que o homicídio de Neil foi cometido a pedido da filha dele, Michelle Paiva da Silva, que está presa temporariamente.
Segundo Ana Paula, ela foi convidada pela mãe de Michelle para conhecer a família e levar um veneno conhecido como “chumbinho”, que havia comprado originalmente para matar cães da irmã. No Rio, ela teria sido informada de que Neil havia cometido abusos contra a filha e os animais da casa. O veneno, de acordo com o depoimento, foi misturado em uma feijoada servida à vítima, enquanto Ana Paula ficou do lado de fora da residência para avisar caso alguém se aproximasse. Apesar da confissão, o laudo médico não confirmou envenenamento como causa da morte.
A mulher também relatou ter esfaqueado Marcelo Hari Fonseca em 31 de janeiro, em São Paulo, alegando legítima defesa após ele supostamente ameaçar seu filho com uma arma. O corpo só foi descoberto três dias depois, quando o odor chamou a atenção dos vizinhos. Ana Paula afirmou ter ela mesma acionado a polícia.
Além dessas mortes, a suspeita é investigada pelo assassinato de Maria Aparecida Rodrigues, amiga sua, e do tunisiano Hayder Mhazres, com quem mantinha um relacionamento. A polícia acredita que Maria tenha sido envenenada, embora Ana Paula negue. Ela teria tentado desviar as investigações, acusando um policial militar e a esposa dele.
O caso ganhou repercussão após um episódio em abril, quando um bolo com forte odor foi deixado em uma sala de aula de uma universidade em Guarulhos, onde Ana Paula cursava Direito. O bilhete deixado junto ao doce dizia: “Para a turma de Direito 4D, um ótimo feriadão! Um bolo para adoçar a manhã de vocês.” O incidente levou à abertura de uma nova investigação, após a própria suspeita acionar a segurança da instituição.
Ana Paula segue presa e sendo interrogada sobre as circunstâncias dos crimes. A polícia e o Ministério Público trabalham para cruzar depoimentos, laudos periciais e provas materiais a fim de definir o real número de vítimas e a motivação por trás dos assassinatos.
Por Redação RSC
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