Bebê dado como morto chora dentro do caixão durante sepultamento
Sem alma, sem vontade, sem classificação
-
LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C. - Sem alma, sem vontade, sem classificação
Por Allan Royer
Eu assisti à eliminação do Inter de casa. Ninguém me convence de que tivemos vantagem em algum momento. Quem viu, sabe: não rolou domínio, não teve pressão suficiente, nem chegamos perto de virar a classificação. A queda veio, sim, por causa de falhas graves e absurdas.
Logo no início do segundo tempo, um erro horrível do Ronaldo... Gente, ele entregou a bola de bandeja para o Canobbio no Maracanã. E lá se foi o sonho. Pegou todo mundo de surpresa, e era o gol que simplesmente não podia acontecer. Depois disso? Eu já nem acreditava mais.
E o Roger Machado? Sinceramente, essa ideia de “modernidade” que ele pregou virou um fiasco. Teimosia no 4‑2‑3‑1, troca tardia de peças, falta de comando. E principalmente: insistência em jogadores que não rendem o esperado há tempo. Ele até admitiu que o time “produziu pouco” e que “alguns jogadores estiveram abaixo”. Mas minimizar a derrota dizendo que “ainda é possível reverter no Maracanã”? A gente até queria acreditar, mas passou longe. Bem longe.
E falando em jogadores abaixo... até quando vamos sustentar essa paciência com Borré e Valencia? Um custou milhões, o outro chegou com moral de Copa do Mundo. Mas na hora decisiva, somaram zero. O Valencia parece estar jogando por obrigação. Corre mal, não acerta passe, não ganha dividida. O Borré, então, é aquele atacante que parece um volante disfarçado. Marca, cerca, corre... e só. Finalização? Posicionamento? Cadê o gol? Não sai nunca. Se eu fosse o Roger, daria chance para os mais novos. Dá mais tempo de jogo para o Ricardo Mathias. No mínimo, ele vai jogar com mais vontade.
O Alan Patrick até cobrou o pênalti certo. Teve paradinha e tudo. Mas não era o suficiente pra salvar um time que voltou manso pro jogo depois do erro fatal. E no fim, nem uma jogada pra empatar. Silêncio total nos acréscimos.
No fim das contas, não foi só derrota. Foi vergonha. Ninguém correu, ninguém quis. Faltou tudo. O Inter se autoeliminou com jogo seco, sem alma e sem comando. A torcida, que está em casa como eu, sente na pele: não foi o Fluminense que nos eliminou. Foi o Inter.

Deixe seu comentário