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Brasil busca diálogo para evitar tarifa de 50% dos EUA, mas impasse persiste

  • Imagem Shutterstock - Brasil busca diálogo para evitar tarifa de 50% dos EUA, mas impasse persiste

Enquanto Japão, China e União Europeia avançam em acordos, Brasil enfrenta silêncio da Casa Branca e aposta em pressão empresarial para reverter sobretaxa

A menos de dez dias da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o governo federal ainda enfrenta um impasse diplomático. Sem retorno oficial da Casa Branca, a estratégia brasileira tem se concentrado em conversas com empresários americanos e tentativas de articulação política, na esperança de adiar ou reverter a medida.

De forma reservada, Brasília tem buscado canais informais para influenciar Washington. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do chanceler Mauro Vieira, orientou um grupo de oito senadores que embarcará aos EUA nos próximos dias. A missão parlamentar não tem poder de negociação formal; no entanto, deve reforçar os impactos negativos das tarifas para o próprio mercado americano, especialmente em estados economicamente ligados ao Brasil.

A narrativa que será levada aos Estados Unidos envolve dois pontos principais: o risco de prejuízos para a economia americana e a possibilidade de o Brasil estreitar ainda mais laços comerciais com a China, caso a relação com os EUA se deteriore.

Mesmo sem confirmação de reuniões com congressistas ou representantes do governo Trump, os parlamentares tentarão se encontrar com empresários e líderes locais para reforçar a urgência de diálogo. Paralelamente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mantêm conversas com setores privados e autoridades americanas de nível técnico.

Apesar da resistência em acionar medidas formais, como a Lei da Reciprocidade ou a OMC (Organização Mundial do Comércio), o Brasil já manifestou, na última quarta-feira (23), seu descontentamento com o uso de tarifas como instrumento de pressão política. O posicionamento, no entanto, evitou críticas diretas aos Estados Unidos; a intenção é não agravar ainda mais a tensão diplomática.

Enquanto isso, outras potências caminham em sentido oposto. O Japão firmou um acordo com os EUA que reduz as tarifas de 25% para 15% sobre diversos produtos. A União Europeia também avança para fechar um pacto que deve limitar a taxação em 15%, evitando um aumento mais agressivo. Já a China negocia uma possível prorrogação das taxas por mais 90 dias, com promessa de um encontro entre os presidentes Xi Jinping e Donald Trump no curto prazo.

Diante desse cenário, a diplomacia brasileira tenta ganhar tempo e fôlego para evitar que o tarifaço entre em vigor já em agosto. Nos bastidores, o mínimo que se espera agora é um adiamento da medida, mesmo que temporário, como sinal de abertura ao diálogo.

Por Redação RSC


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