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Professora faz denúncia contra Secretaria de Educação de Imbituba; pasta se manifesta
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Imagem arquivo pessoal - Professora faz denúncia contra Secretaria de Educação de Imbituba
"Falta de consideração, empatia e organização"
Nesta quarta-feira (12), o estúdio da Rádio 89 foi palco do desabafo de uma professora frustrada. Insatisfeita com o modo como foi tratada e com as atuais condições em que se encontram as escolas em Imbituba, a profissional buscou um meio de ser ouvida. Nas palavras dela, a "falta de consideração, empatia e organização da Secretaria de Educação" do município tem gerado grandes "perdas" aos alunos e professores.
A professora, que ocupava um cargo de ACT (Admissão em Caráter Temporário), afirmou ter sido desligada sem qualquer aviso formal, sendo informada pela diretora da escola apenas no dia da chegada do profissional titular. Segundo seu relato, a exoneração foi comunicada por um simples documento enviado à direção, sem qualquer notificação prévia ou suporte por parte da Secretaria de Educação.
Ela explicou que estava ciente de que a vaga era temporária, mas criticou a forma como a dispensa aconteceu. “O problema não foi perder a vaga, e sim o descaso. Não recebi nenhum aviso antecipado, nenhum respaldo. Apenas fui informada de que outro professor assumiria meu lugar no mesmo dia”, lamentou.
Sobrecarga dos professores
Além da sua experiência pessoal, a professora destacou a precariedade do suporte oferecido aos profissionais da educação, especialmente no atendimento a alunos com deficiência. “A legislação garante um segundo professor para acompanhar esses alunos (Lei Nº 8.069), mas na prática não há profissionais suficientes para cobrir todas as necessidades”, explicou.
A situação se agrava com a falta de reposição durante as horas-atividade, período destinado ao planejamento dos professores. Durante esse tempo, não há docentes suficientes para cobrir as aulas, e, muitas vezes, diretores e coordenadores precisam assumir turmas para evitar que os alunos fiquem sem acompanhamento.
Penalizações para quem desiste da vaga
Outro ponto abordado pela professora foi a política de bloqueio de CPF para professores que desistem da vaga de ACT. De acordo com ela, a regra impede que o profissional volte a lecionar na rede municipal por dois anos, mesmo que a desistência ocorra por motivos de sobrecarga ou falta de suporte. “Isso obriga muitos professores a permanecerem em situações desgastantes, sem que a prefeitura ofereça melhores condições de trabalho”, criticou.
Resposta da Secretaria de Educação
Em resposta às denúncias, a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Juventude esclareceu que a professora ocupava um cargo temporário e precisou ser desligada devido ao retorno da titular à função.
“A professora ACT foi informada desde o início sobre a natureza temporária da vaga. Conforme o procedimento padrão, ela retornou para a fila de classificação e deverá ser chamada novamente em breve, conforme a necessidade e disponibilidade de vagas no município”, informou a pasta.
O secretário Adilsander Sampaio reforçou que, em nenhum momento, a Secretaria deixou de prestar esclarecimentos à professora, mantendo respeito e transparência no processo.
O RSC Portal continua acompanhando o caso e permanece aberto para novas manifestações dos envolvidos.
Por Redação RSC
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