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Polícia investiga milionários beneficiados com bolsas estudantis em SC
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Foto: Roberto Zacarias/Secom - Polícia investiga milionários beneficiados com bolsas estudantis em SC
Foram identificadas 130 pessoas com patrimônio milionário beneficiadas por bolsas de estudo dos programas Universidade Gratuita e Fumdesc
A Polícia Civil de Santa Catarina identificou 130 pessoas com patrimônio milionário beneficiadas por bolsas de estudo dos programas Universidade Gratuita e Fumdesc, voltados a estudantes de baixa renda. A investigação apura possíveis fraudes na concessão dos auxílios, que deveriam seguir critérios sociais e econômicos.
O caso veio à tona após relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), divulgado em junho, apontar que ao menos 800 bolsistas tinham renda superior a R$1 milhão. Segundo o delegado-geral Ulisses Gabriel, há indícios de ocultação de patrimônio e falsificação de dados para obtenção de bolsas.
A Polícia Civil solicitou à Justiça mandados de busca e apreensão para aprofundar as investigações, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça. De acordo com o delegado, os documentos nas universidades não são suficientes para apurar fraudes ligadas ao patrimônio oculto dos beneficiários.
As investigações são conduzidas pela Delegacia de Defraudações da DEIC e começaram a pedido do governador Jorginho Mello (PL). O TCE analisou os cadastros de 2024 e identificou 18.383 registros com indícios de irregularidades, número que equivale a metade das matrículas nos programas neste ano.
Criados em 2023 pelo atual governo, os programas custeiam bolsas de estudos em instituições privadas e comunitárias para estudantes com renda per capita de até quatro salários mínimos (oito para medicina). Os dois projetos têm foco em alunos em situação de vulnerabilidade social.
Entre as irregularidades apontadas pelo TCE estão: 4.430 inconsistências de renda, 832 alunos com renda acima de R$ 1 milhão, 1.699 com possível vínculo empregatício, além de divergências em naturalidade e registros de óbito entre familiares. Há ainda casos de incompatibilidade entre os dados do CadÚnico e os programas.
Por Redação RSC, com informações do G1
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