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Condenado por feminicídio em Florianópolis, finlandês que vivia em Garopaba é expulso do Brasil após 17 anos de prisão

  • Foto: Reprodução Internet - Condenado por feminicídio em Florianópolis, finlandês que vivia em Garopaba é expulso do Brasil após 17 anos de prisão

Toni Hakala foi sentenciado a quase 19 anos de prisão pelo assassinato da ex-namorada em 2008; ele vivia em liberdade condicional desde 2018

A Polícia Federal, realizou nesta segunda-feira, a extradição do cidadão finlandês Toni Antti Juhani Hakala, condenado pelo assassinato da dançarina Elisângela Cordovil Coelho, ocorrido em março de 2008 no bairro Rio Tavares, em Florianópolis. A medida foi cumprida no Aeroporto Internacional de Florianópolis, de onde o estrangeiro embarcou em um voo para à Finlândia.

De acordo com a Polícia Federal, a expulsão atende a uma decisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, após Hakala ter cumprido 17 anos de prisão no Brasil. Ele foi sentenciado a 18 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto de veículo, conforme julgamento do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

Segundo o TJSC, a diferença entre o tempo de pena previsto e o tempo efetivamente cumprido se deve ao benefício da remição, que permite a redução da pena por dias de trabalho ou estudo. Hakala cumpriu parte da pena na Penitenciária Industrial de Joinville, onde trabalhou em diversos setores e manteve boa conduta.

Em 2018, ele obteve livramento condicional e passou a ser monitorado pela comarca de Garopaba, onde residia. No entanto, entre 2020 e 2023, deixou de comparecer ao fórum local para as assinaturas obrigatórias, uma das condições do benefício. A defesa alegou que as ausências coincidiram com o período mais restritivo da pandemia de Covid-19. As assinaturas foram retomadas em maio de 2023 e estavam sendo cumpridas regularmente até a decisão de expulsão.

O processo de retirada do país foi conduzido pela Superintendência da Polícia Federal em Santa Catarina. A partir de agora, Hakala está impedido de retornar ao território brasileiro, conforme determinação administrativa.

O assassinato de Elisângela Cordovil Coelho, de 29 anos, aconteceu em 28 de março de 2008. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima foi morta por estrangulamento após uma discussão com o ex-namorado. Testemunhas relataram que Elisângela teria ameaçado denunciá-lo por envolvimento com tráfico de drogas.

Com a ajuda de um conterrâneo, Tero Valdemar Yijalã, Hakala usou o carro da vítima para levar o corpo até a Praia do Moçambique, onde o enterrou entre as dunas. O corpo foi encontrado 46 dias depois, em maio de 2008. Ainda segundo a investigação, ele pediu a outro conhecido que se desfizesse do veículo, alegando que se tratava de um bem de origem ilegal.

O julgamento ocorreu em 2009, no Tribunal do Júri da Comarca da Capital. Hakala negou o homicídio, mas admitiu participação na ocultação do cadáver. Mesmo assim, os jurados consideraram as provas suficientes para condená-lo pelos três crimes.


Por Redação RSC, com informações do portal Garopaba.SC

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