Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o equivalente a 10% do efetivo total

Pela primeira vez na história, mulheres podem se alistar nas Forças Armadas no Brasil, e Santa Catarina já registra 274 inscrições nos primeiros 10 dias do processo, conforme divulgado pelo Comando da 5ª Região Militar na última quinta-feira (9). O prazo para o alistamento voluntário vai até 30 de junho.

No estado, as vagas disponíveis são para a Marinha, em Florianópolis. Ainda não há definição do número total de vagas para Santa Catarina, que será estabelecido pelo Ministério da Defesa, assim como os locais de atuação.

Em todo o país, serão oferecidas 1.465 vagas para o Serviço Militar Inicial Feminino, distribuídas entre Exército (1.010 vagas), Aeronáutica (300 vagas) e Marinha (155 vagas). Até o dia 3 de janeiro, mais de 7 mil mulheres haviam se inscrito em Brasília e em outros 28 municípios de 13 estados.

Direitos e deveres iguais

As mulheres selecionadas serão incorporadas no 1º ou 2º semestre de 2026, com graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta (Marinha). Elas terão os mesmos direitos e deveres que os homens durante o período de serviço militar.

De acordo com o Decreto nº 12.154, o serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o equivalente a 10% do efetivo total. O Ministério da Defesa pretende ampliar progressivamente esse índice para 20% das vagas nos próximos anos.

O alistamento é feito pela internet e está disponível para mulheres que preencham os seguintes critérios:

• Residir em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação;
• Completar 18 anos em 2025 (nascidas em 2007).

Os documentos necessários para inscrição incluem:

• Certidão de nascimento ou prova de naturalização;
• Comprovante de residência;
• Documento oficial com foto, como identidade ou carteira de trabalho.

As vagas em Santa Catarina são destinadas à Marinha, com atuação em Florianópolis. O processo reforça a inserção feminina nas Forças Armadas, marcando um novo capítulo na história militar brasileira.

Por redação RSC