Cachorro solto ataca moradores em frente a escola de Imbituba e comunidade cobra providências
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Imagem Pixabay - Cachorro solto ataca moradores em frente a escola de Imbituba e moradores cobram providências
Munícipes relatam ataques frequentes e exigem providências do poder público, que aponta impedimentos legais para recolher o animal
Um cachorro solto nas proximidades da Escola Estadual João Guimarães Cabral, no bairro Vila Nova, em Imbituba, tem gerado medo e indignação entre moradores, pais de alunos e servidores da unidade. O animal, que circula livremente pela região, já teria atacado pedestres, motociclistas e até crianças que estudam na escola. Na manhã desta segunda-feira (15), a equipe do programa Espaço Aberto, da Rádio 89, esteve no local após receber o apelo de Aline, uma moradora que afirma ter sido mordida pelo cão.
“Fui atacada em frente à escola, meu pé ficou ferido e procurei ajuda por todos os lados. Fui na prefeitura, na vigilância sanitária, falei com vereador, mas só escutei que não tem verba. Enquanto isso, o cachorro continua aqui, e a gente vive com medo”, relatou. Aline é mãe de uma aluna da escola e contou que os ataques já acontecem há algumas semanas. Segundo ela, há relatos de ao menos outra mulher mordida, além de servidores que precisam mudar seu trajeto para evitar o contato com o animal.
Durante a reportagem ao vivo, o diretor da escola, Jambert, afirmou que desconhecia a extensão dos ataques, embora confirme que o animal já entrou no pátio da unidade em algumas ocasiões. “A escola tenta afastar o cão sempre que ele aparece, mas é difícil. Ele pula muros de até dois metros. A responsabilidade não é da escola, e sim do tutor”, disse. Segundo o diretor, o cachorro pertenceria a uma mulher que já não mora mais em Imbituba. O restante da família, que permanece na cidade, também se nega a acolher o animal.
A diretora do Bem-Estar Animal de Imbituba, Vivian, foi até o local e explicou que o poder público não pode recolher o animal enquanto ele tiver um tutor identificado. Segundo ela, para que a prefeitura possa agir, é necessário que a situação seja formalmente denunciada por meio de boletim de ocorrência. “Infelizmente, a legislação nos impede de recolher esse cachorro sem denúncia. A responsabilidade é do dono. A prefeitura só pode intervir se houver uma quebra legal, como abandono ou maus-tratos devidamente registrados”, esclareceu. Vivian se comprometeu a auxiliar Aline pessoalmente no processo de denúncia.
Ainda de acordo com a reportagem, o vereador Darlan Back foi procurado pela vítima, mas relatou ter encontrado dificuldades para resolver o caso por vias políticas. “A gente tentou acionar os setores responsáveis, mas como o cachorro tem dono, a lei limita o que pode ser feito”, explicou.
A situação deverá ser registrada oficialmente por meio do aplicativo Rever, utilizado para denúncias de abandono e maus-tratos contra animais. A partir disso, medidas legais poderão ser tomadas contra o tutor, e o cão poderá ser recolhido de forma adequada.
Enquanto isso, pais e alunos seguem temendo novos ataques em frente à escola.
Por Redação RSC
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