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Imbitubense se alista como voluntário e parte para guerra na ucrânia: "é um sonho, mas também um propósito''

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Determinação e coragem marcam a decisão de lutar por um ideal em terras distantes

Na última segunda-feira, 21 de julho, Magdiel Bastos, morador de Imbituba, embarcou rumo à Ucrânia para integrar a Legião Internacional de Defesa, composta por voluntários de diversos países que se alistaram para combater ao lado das forças ucranianas contra a Rússia. Casado e pai de três filhos, Magdiel deixou para trás a família e a rotina como segurança privado para realizar o que chama de “um sonho de vida”.

A decisão, segundo ele, foi amadurecida em conversas com a esposa e os filhos: de 16, 12 e 3 anos. “Eles sabem que é algo que está no meu coração. É um desejo antigo. Sempre quis ser militar, mas quando me alistei não consegui servir. Venho de uma família de militares e sempre tive esse chamado”, afirmou em entrevista concedida no dia 18 de julho à Rádio 89 FM.

Magdiel relatou que se inscreveu como voluntário por meio do site oficial do governo ucraniano. Após o primeiro contato, passou por um processo de triagem com um recrutador em português e, ao ser aprovado, recebeu uma carta-convite do Ministério da Defesa da Ucrânia. Ele embarcou de Florianópolis para o Rio de Janeiro, seguiu para a Polônia e, de lá, pegou um trem até Kiev.

“Não estou indo por aventura. É um sonho, sim, mas também é por convicção. Vejo que a Rússia está cometendo uma injustiça, atacando civis, mulheres, crianças. Quero ajudar a trazer paz e segurança para aquele povo”, disse. Magdiel também destacou o aspecto financeiro da decisão, mas enfatizou que a motivação principal é pessoal. “Sempre digo aos meus filhos: trabalhem com o que amam. É isso que estou fazendo.”

O contrato de Magdiel com a Legião Internacional é de seis anos, com dois meses iniciais de treinamento. Ele terá direito a férias a cada seis meses. Nessas ocasiões, pretende retornar temporariamente a Imbituba para visitar a família. Além disso, ao fim do período, poderá solicitar a cidadania ucraniana.

Apesar dos riscos da missão, Magdiel garante que vai preparado. “Se fizer todo o procedimento de segurança, tem como voltar vivo. Agora, se eu quiser ser herói, eu morro. Estou indo para somar, para contribuir com responsabilidade.”

A história de Magdiel se junta à de outros brasileiros que, nos últimos anos, decidiram se voluntariar na guerra da Ucrânia. Muitos relatam motivação por empatia e ideais de justiça, mas enfrentam dificuldades como baixa remuneração, alto risco de morte, traumas psicológicos e, em alguns casos, discriminação dentro das tropas. Mesmo assim, seguem determinados a fazer parte da resistência ucraniana.

Por Redação RSC

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