Jovens da Geração Z lideram crescimento nas negociações de dívidas no Brasil
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- Jovens da Geração Z lideram crescimento nas negociações de dívidas no Brasil
Faixa entre 18 e 25 anos registra alta de 49% em acordos entre janeiro e julho de 2025, aponta Serasa
Em um cenário de endividamento recorde, os brasileiros têm recorrido cada vez mais à renegociação de dívidas. Dados da Serasa revelam que, entre janeiro e julho de 2025, o número de consumidores que buscaram acordos cresceu 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque ficou com a Geração Z: jovens entre 18 e 25 anos aumentaram em 49% sua participação nas negociações realizadas pela plataforma Serasa Limpa Nome.
No período analisado, mais de 1,5 milhão de pessoas dessa faixa etária firmaram acordos, elevando a representatividade do grupo de 9,9% para 13,3% do total de consumidores. Na contramão, pessoas acima dos 65 anos tiveram queda de 4,7% nas negociações.
Segundo Patrícia Camillo, gerente da Serasa, a tendência mostra que os mais jovens estão se antecipando aos problemas financeiros: “Grande parte deles está apenas começando a vida profissional. Aproveitar descontos e quitar dívidas agora ajuda a evitar que pequenos débitos se transformem em grandes obstáculos no futuro”, explica.
Jovens mais atentos ao uso do dinheiro
A pesquisa também mostra maior maturidade financeira entre a Geração Z. Um levantamento da Serasa com 2.923 pessoas de 18 a 29 anos apontou que, no Sul do país, 55% já assumem integralmente seus gastos mensais e 41% dividem ou contribuem para as despesas familiares.
Entre os destinos do dinheiro, aparecem investimentos (32%), pagamento de contas básicas como luz e água (35%) e economia para aquisição de bens como imóveis e veículos (58%).
Inadimplência em alta no país
Apesar da maior participação dos jovens, o endividamento continua elevado. O Brasil fechou julho com 78,16 milhões de pessoas inadimplentes, número mais alto da série histórica da Serasa. O volume de dívidas ativas chegou a 307 milhões, somando R$482 bilhões, em média, R$1.570,17 por débito.
As principais causas da inadimplência estão ligadas a bancos e cartões de crédito (27,2%), contas básicas como água e energia (20,6%) e financeiras não bancárias (19,47%).
Por Redação RSC, com informações Serasa
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