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Setores produtivos reagem com preocupação às novas tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros
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Foto: NICOLAS TUCAT / AFP - Setores produtivos reagem com preocupação às novas tarifas impostas por Trump a produtos brasileiros
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão como injustificável e alertou para os possíveis danos à indústria nacional, altamente conectada à cadeia produtiva americana
O anúncio do governo dos Estados Unidos de aplicar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros causou forte reação entre representantes da indústria, do agronegócio e do comércio exterior. A medida, decretada pelo presidente Donald Trump, foi considerada desproporcional e sem justificativa econômica por entidades brasileiras, que temem impactos severos nas exportações e na imagem do país no cenário internacional.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão como injustificável e alertou para os possíveis danos à indústria nacional, altamente conectada à cadeia produtiva americana. “Uma quebra nessa relação traria muitos prejuízos à nossa economia. O mais importante agora é intensificar o diálogo para reverter essa decisão”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Para a CNI, a solução passa por negociações diplomáticas firmes e contínuas entre os dois governos. A entidade defende uma abordagem cooperativa e equilibrada, reforçando que o diálogo é o melhor caminho para resolver impasses comerciais e proteger empregos e investimentos dos dois lados.
No setor de carnes, os impactos também preocupam. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) avalia que o aumento tarifário inviabiliza as vendas para os EUA, tornando o produto brasileiro pouco competitivo. A entidade reiterou que barreiras comerciais não devem se sobrepor à necessidade global de segurança alimentar e estabilidade nas relações comerciais.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que representa a bancada ruralista no Congresso, também se manifestou. Em nota, alertou para os reflexos imediatos da nova alíquota sobre o câmbio e o custo de insumos importados, com prejuízos à competitividade do agronegócio. A FPA defende uma resposta firme e estratégica, com atuação diplomática intensa para preservar os interesses brasileiros.
Já a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) recebeu o anúncio com indignação e classificou a taxação como uma das maiores já impostas na história recente do comércio internacional. “É uma medida política, não econômica, que pode afetar não só nossas exportações, mas a confiança de outros países em negociar com o Brasil”, disse José Augusto de Castro, presidente da AEB.
Apesar das críticas, as entidades ainda apostam em uma saída negociada. A expectativa é que o governo brasileiro atue com agilidade e firmeza para evitar prejuízos maiores ao setor produtivo nacional e para restabelecer a normalidade nas relações comerciais com os Estados Unidos, um dos principais parceiros do Brasil no exterior.
Por Redação RSC
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