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Teste do olhinho para recém-nascidos em SC se tornou obrigatório
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Foto: Divulgação -
Exames devem ser feitos em até 72h após o nascimento
2025 se inicia com uma vitória histórica para a saúde infantil em Santa Catarina. Em dezembro de 2024, o governador Jorginho Mello aprovou a lei que torna obrigatório o teste do olhinho em recém-nascidos, fruto da mobilização da Sociedade Catarinense de Oftalmologia (SCO) e das campanhas nacionais que trouxeram visibilidade a essa causa urgente. A nova legislação vem para transformar a vida de muitas famílias, possibilitando o diagnóstico precoce de doenças oculares, como o retinoblastoma.
O projeto de lei, liderado pelo deputado Sérgio Guimarães, irá atender uma antiga demanda de médicos, ativistas e familiares que conhecem e conviveram com as dificuldades causadas pelo diagnóstico tardio
O teste deve ser feito nas primeiras 72 horas após o nascimento, com avaliações complementares aos 4, 6 e 12 meses, além de triagens aos 2 e 3 anos na rede básica de saúde. Para assegurar o acesso universal, o estado poderá firmar convênios com hospitais e clínicas privadas.
Em 2023 a mobilização pela saúde ocular infantil ganhou destaque nacional com a campanha “De Olho nos Olhinhos”, criada pelo jornalista e apresentador Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin. Inspirados pela história de sua filha Lua, diagnosticada com retinoblastoma aos 11 meses, o casal criou uma ONG que busca conscientizar sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce.
“Queríamos que outras famílias tivessem acesso ao tratamento mais rapidamente do que conseguimos,” contou Leifert. A campanha tem ajudado milhares de brasileiros, conectando famílias a médicos, exames e centros de referência. No estado, a Sociedade Catarinense de Oftalmologia ampliou as ações locais, capacitando profissionais e ampliando o alcance das iniciativas preventivas
O retinoblastoma, apesar de raro, é o tumor ocular maligno mais comum em crianças, com cerca de 400 novos casos anuais no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Sem diagnóstico precoce, a doença pode resultar na perda da visão e, em estágios mais avançados, ser fatal.
O presidente da Sociedade Catarinense de Oftalmologia, Dr. Ayrton Ramos, destaca a importância da nova lei: “Este é um passo crucial para proteger nossas crianças. A detecção precoce aumenta as chances de cura, minimiza as sequelas e oferece uma melhor qualidade de vida para as famílias.”
A medida reforça a importância e o poder da mobilização social, da ciência e da empatia. Agora Santa Catarina oferece aos seus recém-nascidos a chance de um futuro brilhante.
Por Redação RSC
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