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Esteticista catarinense enterrada em cozinha ‘enviou mensagens’ enquanto estava desaparecida
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(Imagem divulgação) - Esteticista catarinense enterrada em cozinha ‘enviou mensagens’ enquanto estava desaparecida
Testemunhas disseram que as mensagens não foram enviadas pela esteticista; “ela não escreve daquela forma”
Pessoas próximas à esteticista Michele de Abreu Oliveira, de 42 anos, encontrada morta dentro de casa, na quarta-feira (22), em Palhoça, disseram à polícia que receberam mensagens do celular da vítima enquanto ela estava desaparecida. O corpo da esteticista foi localizado enterrado no chão da cozinha. Ex-companheiro é o principal suspeito.
Conforme apurado, as mensagens de texto foram enviadas quatro dias depois que a família registrou o desaparecimento da vítima e, segundo testemunhas, o teor da conversa indicava que Michele estaria em Criciúma.
“Oi boa noite. Estou numa vida e assim que der a gente se fala vou me organizar primeiro”, diz uma das mensagens. Em outro texto, a esteticista, supostamente, afirma ter saído de casa e pede um tempo até “se organizar”.
Na terceira mensagem, direcionada ao filho, Michele diz que irá trocar de número e, novamente, repete que “está se organizando e logo entrará em contato”.
Testemunhas afirmam que as mensagens não foram enviadas pela esteticista.
“Aquilo lá a gente acredita que não foi ela que mandou porque não está com a escrita dela. Ela não escreve daquela forma, a gente conhece bem a escrita dela”, disse uma pessoa que não preferiu se identificar.
Ex-companheiro é o principal suspeito do crime
A morte da esteticista Michele de Abreu Oliveira está sendo investigada pela DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de Palhoça.
De acordo com a delegada Gisele de Faria Jerônimo, responsável pelo caso, o crime é investigado como feminicídio, e, por isso, o ex-companheiro da vítima é o principal suspeito. O homem, que não teve a identidade divulgada, e o filho do casal, de 15 anos, estão desaparecidos desde o dia 17 de maio.
Segundo as informações, Michelle morava há mais de dez anos com o suspeito, em uma casa nos fundos de um terreno com cinco residências, localizado na Praia de Fora, em Palhoça.
De acordo com familiares, apesar de viverem juntos, o casal estava separado há cerca de quatro anos. Segundo familiares, a relação entre eles era conturbada. Michelle chegou a registrar um boletim de ocorrência por violência doméstica em abril, mas acabou retirando as medidas protetivas que foram impostas ao suspeito.
Ainda de acordo com a família, Michele era constantemente ameaçada de morte pelo ex-companheiro. Durante as investigações, a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) constatou que o suspeito possui 94 boletins de ocorrência registrados contra ele.
Michelle foi encontrada em estado de putrefação e com marcas de tortura
A identidade de Michelle foi confirmada na manhã de quinta-feira (23), pela Polícia Científica. Familiares afirmaram que a perícia, no Instituto Médico Legal do Itacorubi, disseram que o corpo teria sido encontrado em estado de putrefação e com marcas de tortura. A causa da morte teria sido traumatismo cranioencefálico.
O corpo da esteticista foi encontrado embaixo do piso da cozinha, por volta das 19h30 de quarta-feira (22), durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
“Ela estava enterrada no piso inferior da residência, em um cômodo que parecia uma cozinha, um anexo de uma cozinha. Tinha pia, mesa, era um cômodo fechado. Ela [Michele] estava camuflada sob o piso dessa cozinha. Quando os policiais chegaram no cômodo, perceberam que tinha algo estranho”, detalhou a delegada.
Imagens de câmeras de segurança de uma clínica mostram Michele saindo do prédio e entrando em um carro. Minutos depois, ela sai, entra novamente no prédio, e, cerca de uma hora depois, sai novamente e entra em outro carro. Após isso, ela não foi mais vista.
Fonte: ND
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