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Esporte

Paulo Henrique Ramos; conheça a história do imbitubense que teve a vida marcada pelo surfe e hoje vive novos desafios nas corridas

  • Imagem arquivo pessoal - Paulo Henrique Ramos; conheça a história do imbitubense que teve a vida marcada pelo surfe e hoje vive novos desafios nas corridas

“Éramos discriminados, vistos como ‘marginais', mas para nós o surf era uma paixão”

“Meu nome é Paulo Henrique Ramos, sou natural de Imbituba e sou surfista”. É assim que ele, Paulo, começou a entrevista, citando três características que fazem parte de quem ele é. O RSC Portal decidiu contar um pouco da história desse atleta que, aos 52 anos, vive para competir e carrega fortes convicções. Ele já viajou para fora do Brasil e teve experiências únicas, mas acabou voltando para “casa”. 

Início no Surf

Paulo começou no surf aos 14 anos de idade, e embora tivesse “medo” da água, em um mês de treino já estava competindo. “Eu morava na Rua 3 de Outubro e, com 14 anos, alguns amigos, como o Marcelinho, o Jander e o falecido Rafael, me incentivaram a experimentar. Em um mês, eu já estava competindo e ganhei meu primeiro troféu”, contou ele.

Imagem arquivo pessoal


Segundo ele, na época, a cerca de 38 anos atrás, os surfistas eram vistos de forma diferente, tendo que lidar com o preconceito por parte de grande parte das pessoas. “Éramos discriminados, vistos como ‘marginais', mas para nós o surf era uma paixão, uma essência”, enfatizou o ex-surfista. 

“A prática na época era bem diferente de hoje. O surf era visceral, no sangue. Atualmente, virou moda, um comércio. As condições mudaram, e isso gerou uma certa frustração para quem viveu o esporte na essência”, acrescentou ele, que atualmente não entra mais no mar com uma prancha. 

Fora do Brasil 

Paulo chegou a ter a oportunidade de morar em Portugal a convite de uma amiga que dava aulas de surf. “Lá, além de surfar, comecei a confeccionar e vender pranchas”, explicou. A experiência, no entanto, fez o atleta perceber que o trabalho artesanal era pouco valorizado e a essência da criação manual estava se perdendo. O impacto dessa realidade contribuiu para o afastamento das competições. 

Imagem arquivo pessoal


Do mar para as calçadas

“Atualmente, estou começando uma nova aventura: a corrida de rua”, contou animado. O incentivo para experimentar o novo esporte partiu de um amigo, Marcelinho, o mesmo que colocou Paulo no surf. O novo corredor mostrou que não estava nem um pouco enferrujado para tentar algo novo, e em apenas cinco meses, já participou de algumas provas.

“Na primeira, em Ibiraquera, completei 10 km em 49 minutos. Depois, corri provas maiores, como a da Polícia Militar (14 km em 1h03min), onde fiquei em segundo lugar. Agora, estou treinando para a próxima corrida, o “Pé da Pedra” (13 km)”, compartilhou ele, que tem corrido regularmente e iniciou treinos em uma academia, reconhecendo a necessidade de cuidar do corpo devido a idade. 

Imagem arquivo pessoal


“A corrida me trouxe uma nova motivação”. A mensagem que deixo para os jovens é: faça esporte por paixão, não por moda. Comece nos dias difíceis, no frio, na chuva, porque é nesses momentos que se cria resiliência e preparo. O esporte é para a vida toda, não apenas para o verão”, enfatizou Paulo, citando em seguida uma frase do surfista Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial do surf: "Eu surfo nos mares difíceis, porque surfar em condições perfeitas é fácil. A evolução acontece no desafio."

O esporte em Imbituba

Durante a entrevista Paulo também compartilhou sua visão do esporte em Imbituba, enfatizando que a cidade é um “celeiro de talentos”, que muitas vezes não tem o incentivo necessário para avançar. “A cidade poderia valorizar mais seus talentos, pois o esporte é libertador, abre a mente e transforma vidas”, disse o atleta.

Ao finalizar a conversa, Paulo falou sobre sua trajetória de conquistas e desafios, e deixou claro que cada esporte que ele praticou trouxe aprendizado e paixão. “Hoje, na corrida, encontro uma nova oportunidade de superação. Espero que minha história inspire outros a buscarem no esporte um caminho de realização e saúde’, finalizou. 

Por Duda Indalêncio


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